20 de mar. de 2009

Agregação de valor ao couro estimula a geração de riquezas e divisas

A despeito dos efeitos da crise financeira internacional, que afetou o desempenho das exportações de couros, o Brasil vem aumentando os embarques de peças de valor agregado, conforme dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), entidade nacional, que representa as empresas do segmento.

E a agregação de valor ao couro vem se dando tanto em volume quanto em receita nos últimos anos, segundo informa o presidente do CICB, Luiz Bittencourt.

“Para se ter uma idéia, em 2000, as exportações de produtos acabados representavam 29,21% em volume e 42,77% em receita. Já em 2008, as ações da indústria curtidora resultaram no aumento dos embarques de couro acabado, atingindo 64,52% em volume e correspondendo a 77,66% em valor”, explica Luiz Bittencourt.

No primeiro bimestre deste ano, a despeito da redução das vendas externas, o setor manteve o incremento na participação dos produtos semi-acabados e acabados. Do total de couros exportados no período (US$ 148,35 milhões), 73,6% (em valor) e 57,3% (em volume) o foram com maior valor agregado (crust + acabados), mantendo o processo evolutivo da agregação de valor nos embarques de couro. Contribuíram para esse resultado o inestimável apoio da ApexBrasil e o imposto de exportação incidente sobre couro wet blue.

“Com o advento da crise e neste cenário repleto de incertezas econômicas, a indústria brasileira do couro vem adotando medidas para se adequar ao novo contexto internacional, visando manter os mercados conquistados, contando, para isso, também, com o estratégico apoio da ApexBrasil – Agência de Promoção de Exportações e Investimentos”, destaca Bittencourt.

A indústria brasileira do couro é um dos grandes propulsores da economia nacional. Sua importância na geração de riquezas pode ser explicada pelo montante de divisas que garante ao País (US$ 1,88 bilhão, em 2008), o que significa contribuir em 7% para o saldo da balança comercial do País, além de criar cerca de 50 mil postos de trabalho.

O setor curtidor, cujo PIB está estimado em US$ 3,5 bilhões, reúne 800 indústrias, emprega mais de 50 mil pessoas.

O couro brasileiro está presente em quase todos os países, sendo os principais China, Itália, e Estados Unidos, além de mercados tão diversos como Índia, Vietnã, Indonésia, México, Peru, Alemanha, Portugal e Noruega, dentre outros.

(Fonte: CICB)



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