7 de mar. de 2009

RESUMO DA SEMANA DE 02 A 06 DE MARÇO DE 2009

Dia 02

DIRETOR DO SENADO TEM DE SER AFASTADO! - Arthur Virgílio distribuiu Nota, hoje, como líder do PSDB, dizendo serem sérias as acusações ao diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, e que ele deveria ser afastado do cargo, assegurando-se a ele amplo direito de defesa. O funcionário é acusado de não ter declarado à Receita uma casa de mais de 900 m2, em Brasília, avaliada entre 3 e 5 milhões de reais.
"O primeiro gesto da nova direção do Senado - disse Arthur Virgílio - deveria ter sido o de promover profunda renovação no quadro vigente e nos costumes administrativos da Casa." (Esse era um dos pontos da plataforma do PSDB para apoiar um candidato à Presidência do Senado. O candidato do PT, Tião Viana, com ela concordara integralmente e, por isso, recebeu os votos dos tucanos. Perdeu a eleição, porém, para o candidato do PMDB, José Sarney.) Arthur Virgílio disse ainda, na Nota, que a Casa não pode fugir de suas responsabilidades e que levar o caso ao TCU, como anunciado por Sarney, parecia-lhe "mais escapismo". "A ninguém serve um Senado moribundo - advertiu - até porque Congresso desmoralizado não casa com Democracia duradoura. Esta pressupõe Parlamento forte e respeitado!"

Dia 03

COBRADO FUNCIONAMENTO DO SENADO - Arthur Virgílio cobrou hoje, firmemente, do presidente do Senado, José Sarney, em plenário, que faça o Senado, finalmente, funcionar. "Já estamos começando o mês de março e as Comissões não estão constituídas e nada tem sido votado", assinalou. Insistiu em que as Comissões precisam ser imediatamente constituídas, "respeitando-se o critério da proporcionalidade". E voltou a dizer que o PSDB não votará nada enquanto as Comissões não estiverem funcionando.
Depois de ouvir a reclamação, o presidente Sarney convocou os líderes de partido para reunião, em seu Gabinete, e, ao final, ficou decidido que amanhã de manhã as Comissões elegerão seus presidentes. Como não se conseguiu chegar a acordo quanto à Comissão de Infraestrutura - cuja presidência, pela proporcionalidade, seria do PT, mas o PMDB a prometera ao PTB - o presidente será escolhido pelo voto.



HOMENAGEM A PERITOS DA PF MORTOS EM MANAUS - Além de Voto de Pesar, Arthur Virgílio requereu hoje também, no Senado, a realização de Sessão Especial em homenagem póstuma aos três peritos da Polícia Federal recentemente mortos, em Manaus, quando explodiu um artefato que examinavam porque conteriam cocaína.
O senador pediu que o Voto de Pesar seja levado ao conhecimento das famílias dos mortos - Antonio Carlos de Oliveira, Max Augusto Neves Nunes e Maurício Barreto da Silva Júnior - bem como do diretor-geral da Polícia Federal, delegado Luiz Fernando Corrêa, e "da figura competente e correta do Dr. Sérgio Fontes, superintendente local da Polícia Federal, equilibrado, correto, verdadeiro profissional".
Embora o caso ainda esteja sendo investigado e a PF não confirme nada, o senador disse que tudo leva a crer tratar-se de ousadia do crime organizado. "Resolveram mandar um recado, muito provavelmente sob a forma de explosivos, para quem os persegue", observou.
O senador Romeu Tuma (PTB-SP), que já foi diretor-geral da Polícia Federal, enalteceu a iniciativa e anunciou que assinaria os requerimentos. "Arthur Virgílio - disse - sempre foi um defensor da Polícia Federal no Estado do Amazonas, reconhecendo-a como instrumento de defesa dos interesses do País."
O senador amazonense João Pedro (PT) também cumprimentou Arthur Virgílio pela iniciativa e a ela fez questão de se associar. Em nome da Mesa, o 1º vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO), igualmente se solidarizou com as propostas do senador.



PELA ORDEM JURÍDICA EM MANICORÉ - Arthur Virgílio deu entrada, hoje, no Conselho Nacional de Justiça, de representação contra juízes de Direito de Manicoré-AM, por ter sido dada posse a candidato a prefeito que teve votação anulada. Pediu que seja dada posse ao candidato legitimamente eleito, Manoel Galdino.
O prefeito empossado, Emerson França, explicou o senador, tinha como candidato a vice-prefeito Valdomiro Gomes, declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral, bem antes da eleição. Como não foi substituído, sua presença "contaminou a integralidade da chapa", tornando nulos os votos por ela obtidos.
Em conseqüência, ainda conforme o senador, o segundo colocado na eleição, Manoel Galdino, tornou-se automaticamente vitorioso e deveria ter sido empossado. Não o foi, porém. O juiz de Direito Odílio Neto, em resposta a mandado de segurança por ele impetrado, declarou que iria diplomá-lo, mas não o fez. Deixou momentaneamente a Comarca de Manicoré e sua substituta, juíza Alessandra Gondim, deu posse a Emerson França - sem vice. Galdino, por sua vez, em Manaus, sofreu tentativa de homicídio, tendo perdido um dos rins e sofrido paralisia.
Arthur Virgílio pediu ao CNJ que tome providências para "restabelecer a ordem jurídica, diplomando e empossando aquele que é o legítimo prefeito de Manicoré, senhor Manoel Galdino", e em relação aos dois magistrados, apurando-se suas responsabilidades pelo descumprimento de decisão do TSE.



PSDB PRESTIGIA VASCONCELOS - O senador Jarbas Vasconcelos poderá ficar com uma vaga do PSDB, para permanecer como membro da Comissão de Constituição e Justiça. Foi o que Arthur Virgílio disse, hoje, em plenário, ao tomar conhecimento de que o líder do PMDB, Renan Calheiros, afastara aquele senador da Comissão, em represália à entrevista por ele concedida à revista Veja, na qual acusou seu próprio partido, o PMDB, de gostar de corrupção.
Vasconcelos encontrava-se na tribuna justamente reiterando a acusação. Arthur Virgílio com ele se solidarizou, dizendo que o PSDB apóia totalmente a cruzada contra a corrupção. Assinalou que entrevista como a dele "acorda a Nação". E acrescentou que Vasconcelos poderá ser o relator, na Comissão de Constituição e Justiça, da proposta de emenda constitucional que ele, Arthur Virgílio, apresentou para estabelecer que o passado de parlamentares eleitos também poderá ser examinado para efeito de perda de mandato. Atualmente, um deputado ou senador só pode responder a processo por falta de decoro em relação a atos ou fatos posteriores à sua posse.



UM RESULTADO NOBRE DO CAOS AÉREO - Ao menos num caso, o caos aéreo acabou dando resultado nobre: uma indenização paga a Arthur Virgílio serviu para ajudar a Associação de Amigos dos Autistas no Amazonas.
A questão começou no dia 4 de outubro de 2007. O senador foi para o aeroporto de Brasília para tomar um vôo da GOL, para Manaus, marcado para às 12h14 e ficou horas, sendo mandado de um terminal para outro, depois para outro. Finalmente, quando conseguiu embarcar, o avião desceu em Boa Vista-RR. Ele só chegou a Manaus de madrugada, tendo perdido compromissos importantes, pois era a véspera do encerramento do prazo para filiações partidárias.
O senador entrou, então, com ação no Juizado Especial Cível, em Brasília, e, depois de cerca de um ano, saiu a decisão final: a GOL foi condenada a pagar-lhe indenização de R$ 1.403,05, que ele destinou à Associação de Amigos do Autista no Amazonas. Agora, o presidente da Associação, Edmando Luiz Saunier de Albuquerque, agradeceu, dizendo que a "importância chegou na hora e abençoada, pois complementou o pagamento de despesa do mês de janeiro" (...) "e fortalece mais ainda o desejo de ajudar a AMA-AM a cumprir seus objetivos no atendimento aos autistas do Estado do Amazonas".



APLAUSO A AUTAZES - Voto de Aplauso ao povo de Autazes foi hoje requerido, no Senado, pelo líder tucano Arthur Neto, a propósito do 54º aniversário da cidade. Ele pediu que a homenagem seja levada ao conhecimento do prefeito Raimundo Wanderlan Sampaio, e, por seu intermédio, ao vice-prefeito, ao presidente da Câmara Municipal, aos vereadores, ao juiz de Direito e ao promotor de Justiça do município.
"Ao saudar o povo de Autazes - assinalou o senador - lembro e cumprimento o primeiro prefeito eleito do município, Aldimar Sampaio. Também o que foi seu sucessor, o segundo eleito, Doca Cruz. E, ainda, o ex-prefeito e ex-deputado estadual Tércio Araújo. Quero, da mesma forma, homenagear, nesta oportunidade, outro ex-prefeito de Autazes, José Thomé Filho, que conduziu o município até 2008, época em que foi presidente da Associação Amazonense de Municípios. Trago à lembrança, igualmente, com saudade, o falecido Alberto Simonetti Filho, ex-presidente da OAB-AM."

Dia 04



EM DEFESA DA PROPORCIONALIDADE - Como ficara acertado ontem, hoje de manhã as Comissões técnicas do Senado elegeram seus presidentes. Na Comissão de Infraestura, cuja presidência era disputada pelo PT (Ideli Salvatti) e o PTB (Fernando Collor), Arthur Virgílio pediu a palavra para defender o critério regimental da proporcionalidade.
Ele declarou que, em função dele, os votos do PSDB seriam dados a Ideli, sem que isso tivesse qualquer coisa a ver com a posição política ou a sucessão presidencial de 2010. "Continuamos em campos opostos", assinalou. "Defendemos um critério. O PT votou em nosso candidato (Eduardo Azeredo), na Comissão de Relações Exteriores, porque o cargo cabia ao PSDB, e aqui votaremos na candidata do PT pela mesma razão."
Feita a votação, Collor foi o vencedor. "Abriu-se precedente grave", advertiu Arthur Virgílio, depois, em plenário. "Daqui para a frente, a escolha de presidentes das Comissões pode virar balbúrdia."



REPASSES DO GOVERNO AO MST - Qual o total de recursos financeiros repassados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário a entidades públicas ou privadas, desde janeiro de 2003? O Ministério tem conhecimento de vínculo entre essas entidades com o MST e as fiscaliza?
Essas são algumas das perguntas que o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), quer ver respondidas pelo titular daquela pasta. Elas constam de requerimento de informações hoje protocolado na Mesa do Senado para ser encaminhado ao ministro. Ele quer a relação das entidades e quanto foi destinado a cada uma, ano a ano.
Para justificar o requerimento, o senador citou matéria da revista Veja desta semana, mostrando que o MST, por não possuir CNPJ, está impedido de receber verbas públicas, mas as obtém, ilegalmente, por meio de convênios firmados entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário e outras entidades.
"Portanto - concluiu o senador - é preciso fiscalizar esses repasses de recursos que, de forma indireta, estariam financiando operações ilegais promovidas pelo MST, como a invasão de propriedades privadas e ações contra laboratórios da agroindústria e que culminaram, muitas das vezes, em assassinatos."



APLAUSO AO ARCEBISPO - Um Voto de Aplauso ao arcebispo de Manaus, D. Luís Soares Vieira, foi requerido, no Senado, pelo líder tucano Arthur Virgílio. Motivo: o lançamento, pelo arcebispo, da Campanha da Fraternidade deste ano, cujo tema é "Fraternidade e Segurança Pública". "Muito oportuno, pois além do crescimento da violência, em todo o País, o crime organizado vai-se tornando cada vez mais ousado", assinalou o senador.

Dia 05



CAFÉ DA MANHÃ COM EMBAIXADOR DOS EUA - O governo e líderes do Congresso norte-americano têm procurado ouvir as avaliações do líder tucano no Senado, Arthur Virgílio, a respeito do quadro político e econômico do País. Dias antes do carnaval, ele foi convidado para almoço, em Brasília, com Jessica Lews, principal conselheira do líder do Partido Democrata, senador Harry Reid. Ela lhe transmitiu convite para encontro com o senador, nos Estados Unidos. Do almoço, participaram também outros importantes conselheiros parlamentares norte-americanos.
Hoje, Arthur Virgílio atendeu a convite para tomar o café da manhã com o embaixador dos Estados Unidos, Clifford M. Sobel, na residência deste, em Brasília. "Numa conversa muito cordial, trocamos idéias sobre a crise internacional, seus possíveis efeitos no Brasil, e sobre o quadro político nacional", disse o senador.



GOVERNO NÃO PARECE PREOCUPADO COM A CRISE - Em discurso hoje pronunciado no Senado, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), disse que "o ano de 2009 começou num processo de deterioração das finanças do setor público evidenciando que a crise já atingiu de forma devastadora a economia brasileira, apesar de as autoridades econômicas não reconhecerem sua existência e sua magnitude".
O senador citou vários dados econômicos e acrescentou: "O que mais incomoda é que o governo não tem apresentado preocupação mais clara em relação a essa situação, mesmo diante da queda das receitas federais verificadas nos últimos três meses, já que suas despesas nominais aumentaram 31,6% em janeiro de 2009, em relação ao mesmo período de 2008."
"O superávit primário, que representava 6,53 % do PIB em janeiro de 2007 e 8,2% em janeiro de 2008 - observou - caiu para 2,14% no primeiro mês deste ano, resultado que deixa uma alerta para o governo central para buscar medidas para atenuar esse resultado negativo."
O governo, segundo o senador, optou por uma política anticrise de investimentos, "cuja necessidade não se pode negar, mas sem pensar em cortar outros gastos, como seria de espera". "A força com que a crise atingiu a economia brasileira - assinalou - provocou queda brusca da receita pública, e, com o aumento já decidido de despesas obrigatórias, como folha de pessoal e benefícios previdenciários, economistas do setor privado começam a prever que, pela primeira vez desde a adoção da política fiscal mais rigorosa, a meta de superávit primário poderá não ser alcançada."
Prosseguindo, Arthur Virgílio notou que, com exceção do Imposto de Importação (beneficiado pela desvalorização do real) e do IRPF retido na fonte (cuja arrecadação ainda cresceu, em janeiro), a arrecadação dos demais tributos caiu e muito. Estima-se que, em decorrência também das medidas tributárias de estímulo à produção e ao consumo, o governo deixará de arrecadar, neste ano, aproximadamente R$ 18 bilhões.
Não obstante esse quadro preocupante, o governo, ainda conforme o líder tucano, tem-se manifestado confiante num crescimento da ordem de 4%, este ano. "Hoje, suas declarações - frisou Arthur Virgílio - são de que não acredita nas previsões do mercado que, por vezes, aposta até em queda do PIB como, por exemplo, a consultoria britânica Economist Intelligence Unit, que prevê uma queda de 0,5% do PIB do Brasil em 2009."
O pior, segundo o senador, é que o governo continua aumentando os gastos de custeio. "Em termos reais - disse - os gastos aumentaram 15,9% no mês de janeiro, com destaque para as despesas com pessoal (23,1%), seguro-desemprego (24,2%) e custeio (26 %). É ai que se verifica a brusca redução do superávit primário na combinação de queda de arrecadação com aumento de gastos."

Dia 06



PERITOS DA PF QUEREM EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA - Em visita feita a Arthur Virgílio, no Senado, dirigentes da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais disseram faltar, nos laboratórios da Polícia Federal, equipamentos adequados para o manuseio, com segurança, de artefatos suspeitos de conter explosivos.
Os peritos, liderados pelo diretor jurídico da Associação, Renato Barbosa, pediram a audiência ao senador para informá-lo a respeito do andamento das investigações sobre as causas da explosão que, no dia 27 de fevereiro, matou três peritos da Polícia Federal, em Manaus. E agradeceram ao senador pela solidariedade dada aos peritos.
Durante a conversa, no gabinete do senador, os peritos falaram das condições de trabalho nos laboratórios. Disseram que já chegou a haver verba orçamentária para a aquisição de equipamentos modernos e adequados, mas por algum motivo ela não foi considerada prioritária. No final, ficou acertado que a Associação fornecerá ao senador todas as informações a esse respeito.

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5 de mar. de 2009

Você sabe o que é doença holandesa?

Não precisa se preocupar, se está pensando que se trata de algum vírus novo ou, que seja alguma versão atualizada da doença da “vaca louca”. Mas, antes de explicar que “bicho” é este, deixe-me fazer uma pergunta: Você acha que é possível, um país superabundante em recursos naturais, não conseguir melhorar sua produção e riqueza? Muito bem, se você respondeu que sim, acertou. Agora, se respondeu que não, acertou também. Curioso, mas, verdadeiro. Então, como é possível? Preste atenção nesta história. Na década de 80, depois do início da exploração de petróleo no Mar do Norte, o Reino Unido se transformou de importador líquido em exportador líquido de petróleo. A taxa de câmbio da libra esterlina subiu e o preço das exportações inglesas, durante algum tempo, perdeu sua competitividade. O termo “doença holandesa” surgiu na década de 70, como forma de explicar as dificuldades, pelas quais passou o setor manufatureiro holandês, após a descoberta de gás natural. Mas, como é possível, passar por dificuldades quando se descobre uma reserva de gás natural? Acontece, que com esta descoberta, a Holanda se tornou um grande exportador deste recurso natural, logo, com o aumento das exportações, a economia holandesa passou a receber uma enxurrada de dólares, valorizando sua moeda local. Esta valorização, por sua vez, reduziu a competitividade dos outros produtos de exportação do país. Esta é a razão, porque muitos analistas, citam países pobres em recursos, como Hong Kong, Japão e Europa Ocidental e que prosperam bastante, enquanto nações ricas em recursos naturais não conseguem ir muito longe, é o caso da Nigéria, por exemplo. Outro fator que pode ser considerado negativo, em virtude desta “riqueza fácil” é o tipo de padrão de vida que ela proporciona aos cidadãos destes países. Percebe-se, claramente, que os países produtores de petróleo da região do Golfo Pérsico, disponibilizam tantas facilidades aos seus cidadãos que, aqueles que carecem de uma forte disposição para o trabalho, acabam se entregando ao ócio. A maioria das atividades é executada por imigrantes e trabalhadores com vistos temporários. Existem ainda os efeitos políticos adversos. Os grupos dominantes, alocando parte dos recursos oriundos desta riqueza, conseguem acalmar o povo, aumentando a dependência do estado através do assistencialismo exacerbado e, com isso, se mantém no poder. Os efeitos negativos de uma administração errada destes recursos podem ser tão drásticos para a economia, que o presidente de São Tomé e Príncipe (na costa ocidental da África), ao descobrir grandes reservas de petróleo em suas águas territoriais manifestou-se contrário à sua exploração. Segundo o próprio presidente, países pobres em recursos, apresentam desempenho melhor, em termos de crescimento do PIB, do que países em desenvolvimento ricos em recursos. Parece que certas profecias acabam mesmo se realizando. Em 1970, Juan Pablo Pérez, ex-ministro do petróleo da Venezuela e co-fundador da OPEP disse a seguinte frase: “Daqui a dez ou vinte anos, vocês verão, o petróleo será a nossa ruína”. É claro que o ex-ministro referia-se a todos os países produtores de petróleo. Hoje, sabemos que vários países, assentados em gigantescas reservas petrolíferas, amargam sérios percalços em suas economias. A Venezuela sofre com o desabastecimento de gêneros básicos, reduziu drasticamente os programas sociais e, praticamente, secou a fonte de financiamento, a países inadimplentes impedidos de recorrer aos recursos do FMI, caso da Argentina. Dubai, até muito pouco tempo, era o que podíamos chamar de “paraíso na terra” ou, na areia. Projetos fabulosos, que consumiriam trilhões de dólares, construções luxuosas, centros de excelência em saúde e, uma infraestrutura de causar inveja a qualquer país na face da terra, estão em stand-by. Parece que a areia está cobrindo o paraíso. Os volumosos recursos petrolíferos, que enchiam os sonhos e os bolsos dos xeiques, estão cada vez mais minguados, colocando todos os projetos de volta à prancheta. Outro caso bastante atual é o vivenciado pela Rússia. Grandes reservas de petróleo e, o preço do barril de petróleo despencando dia após dia. Não é à toa que a OPEP insiste em que seus membros reduzam a produção, como forma de tentar escassear um pouco o produto, fazendo valer a lei da demanda e da oferta. Mas, infelizmente, para eles é claro, o remédio parece não estar surtindo efeito. O mundo está em recessão ou, pelo menos, as principais economias e, por isso, a ordem do dia é reduzir gastos, cortar custos onde for possível. O petróleo usado nas indústrias e nos sistemas de calefação não pode ser cortado, mas, aquele que é transformado em combustível para mover os veículos, já é outra história. Os países correm atrás de alternativas, e uma delas é o bio-combustível e aqui, está o Brasil liderando. Provavelmente, e esperemos que assim seja, o Brasil tem todas as chances de se tornar o maior exportador deste recurso. E então, o que acontece? Uma enxurrada de dólares vai entrar em nossos cofres, valorizar nossa moeda e reduzir a competitividade dos outros produtos? Pode ser, se nossas autoridades não souberem administrar de maneira competente esta “riqueza não tão fácil” de maneira a solidificar nosso parque industrial, modernizar nossa infraestrutura aeroportuária, realizar uma profunda reforma tributária e, acima de tudo, investir pesadamente na educação de base e na educação de nível superior, na qualificação técnica e profissional deste exército de jovens que tenta ingressar no mercado de trabalho ano após ano, erradicar a pústula da corrupção e aprimorar uma mentalidade exportadora de incomparável qualidade. Não sou contrário à abertura dos mercados, não sou favorável ao protecionismo (salvo contra as operações ilegais e com viés de dumping), sou a favor de um jogo com regras equilibradas e bem claras. Por isso, nosso país, poderá estar vivendo, muito em breve, momentos gloriosos em sua economia e, ao contrário do que estão propondo hoje, muitos países, no tocante ao protecionismo, o Brasil poderá manter suas portas sempre abertas, porque nossa capacidade, nossa criatividade e os investimentos pesados nos quesitos mencionados, serão como uma tríplice vacina contra qualquer tipo de doença, seja ela holandesa, alemã, italiana, americana, chinesa ou até marciana.

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DECRETO Nº 54.007, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2009

DECRETO Nº 54.007,
DE 12 DE FEVEREIRO DE 2009

Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS e dá outras providências
JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto nos artigos 8º e 59 da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta:
Artigo 1º - Fica acrescentado o artigo 29 nas Disposições Transitórias do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000, com a seguinte redação:
“Artigo 29 - Fica diferido o pagamento do imposto incidente nas operações internas com:
I - bens destinados a integração ao ativo imobilizado,
II - mercadorias a serem utilizadas como insumo em processo produtivo de mercadoria destinada a exportação.
§ 1º - O disposto no caput se aplica apenas quando o estabelecimento destinatário do bem ou da mercadoria for industrial, observado a relação de setores beneficiados e disciplina a serem estabalecidos pela Secretaria da Fazenda.
§ 2º - O pagamento do imposto diferido nos termos do “caput” deverá ser efetuado por ocasião da saída dos produtos resultantes da industrialização,
observado o disposto no artigo 430.
§ 3º - O disposto neste artigo aplica-se a fatos geradores ocorridos até 31 de dezembro de 2009.”.
Artigo 2º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de março de 2009.
Palácio dos Bandeirantes, 12 de fevereiro de 2009
JOSÉ SERRA
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda
Francisco Vidal Luna
Secretário de Economia e Planejamento
Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho
Secretário de Desenvolvimento
Aloysio Nunes Ferreira Filho
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicado na Casa Civil, aos 12 de fevereiro de 2009.


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Prorrogação de benefícios fiscais de ICMS

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), preocupada com a competitividade da indústria paulista agravada pelos impactos da crise mundial, informa que o Governo paulista publicou o Decreto 54.006 em 13/02/2009, prorrogando os benefícios fiscais de ICMS relacionados no Decreto 53.811/2008 (Primavera Tributária) até 31 de dezembro de 2009.

A partir desta data (31/12/2009), a manutenção dos incentivos ficará condicionada à apresentação e aprovação de Programa de Desenvolvimento por parte dos setores têxtil, ferroviário, atacadista de couro, vinho, perfumes, cosméticos, higiene pessoal, instrumentos musicais, brinquedos, alimentos e Telecom/Call Center.

É de se ver que a adoção destas medidas certamente reduzirá os efeitos do agravamento da crise mundial, com a criação de um cenário econômico mais favorável às indústrias paulistas, auxiliando-as na manutenção de suas atividades, na geração de riqueza e na criação de novos postos de trabalho.

Departamento Jurídico/Fiesp

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Pacote anticrise de SP contempla propostas da Fiesp e do Ciesp

Agência Indusnet Fiesp
Skaf elogia pacote de R$ 20,6 bi para manter nível de emprego, mas cobra redução da Selic e do spread bancário para atenuar crise

A atual redução da alíquota de ICMS de 18% para 12%, cujo término estava previsto para junho deste ano, será prorrogada até dezembro. Já a compra de máquinas, equipamentos e insumos utilizados na fabricação de produtos para a exportação, o chamado ‘Drawback Paulista’, também estará livre do tributo estadual até o final de 2009.

As medidas propostas pela Fiesp e o Ciesp foram levadas ao governo do estado de São Paulo e incluídas no pacote de investimentos públicos e incentivos à manutenção da atividade econômica, anunciado nesta quinta-feira (12) pelo governador José Serra, no Palácio dos Bandeirantes. “Nosso objetivo é assegurar o nível de emprego e ampliá-lo”, afirmou.

Na avaliação de Paulo Skaf, presidente da Fiesp/Ciesp, o programa é positivo para movimentar a economia paulista, mas deve ser complementado por ações mais rápidas do governo federal. “A somatória dessas medidas com as já tomadas pelo governo federal são positivas. Ajudam, mas não resolvem”, considerou.

Segundo Skaf, há necessidade de derrubar a taxa básica de juros (Selic) a 8% ao ano e reduzir o spread bancário como ações emergenciais para conter o avanço da crise no País.

O líder empresarial propôs a criação de um grupo de trabalho entre entidades representativas do setor privado e o governo estadual para elaboração de ações de combate à crise nas áreas fiscal e monetária que serão levadas à esfera federal.

“Temos que nos unir e exigir a redução da Selic e do spread bancário e que o Copom se reúna a cada semana e não a cada 45 dias num momento especial como este”, sugeriu Skaf.

O governador destacou a necessidade do diálogo e elogiou a participação das entidades empresariais no debate econômico. “Temos tido muito boa parceria com as entidades empresariais. Eu queira aqui fazer um reconhecimento público a elas, através da pessoa do Paulo Skaf. Nem sempre estamos totalmente de acordo quanto a cada um dos passos, mas estamos sempre conversando e procurando o entendimento”, ressaltou Serra.

Empregos

O pacote do governo do estado prevê investimentos de R$ 20,6 bilhões de recursos públicos na ampliação e manutenção de linhas do Metrô e da CPTM (R$ 4 bilhões), transportes (R$ 5 bilhões), saneamento (R$ 2,5 bilhões), habitação (R$1,6 bilhões), educação (R$ 807 milhões), segurança (R$ 1.029 milhões) e outras áreas (5,3 bilhões).

A expectativa é movimentar 858 mil postos de trabalhos diretos e indiretos, 250 mil a mais que as 630 mil vagas criadas em 2008, ao custo de R$ 15 bilhões.

Micro e pequenas

Às micro e pequenas empresas tomadoras de crédito foi destinado o Programa ME Competitiva. Com ele, metade dos juros cobrados por empréstimos será subsidiada pelo governo paulista.

Compras governamentais de até R$ 80 mil serão exclusivamente feitas de micro e pequenas empresas, que a partir de abril contarão com R$ 1 bilhão em recursos da recém-criada agência de fomento Nossa Caixa Desenvolvimento para financiar investimentos e capital de giro.

A contrapartida exigida para obtenção de crédito pelo Fundo de Aval Estadual será suspensa. Assim, não será necessário apresentar máquinas, imóveis ou qualquer outro bem como garantia.

O presidente da Fiesp/Ciesp considerou a medida fundamental para o funcionamento das empresas de menor porte num momento em que há restrição de crédito.

Nivaldo Souza,

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Governo paulista atende pedido da Fiesp e desonera produtos voltados à exportação

Agência Indusnet Fiesp
Agora o governo irá regulamentar as formas de utilização desses benefícios

O governo do estado de São Paulo instituiu um diferimento para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) incidente nas operações internas de bens voltados à integração ao ativo imobilizado e de insumos utilizados no processo produtivo de mercadorias destinadas a exportação (drawback paulista), visando incentivar o setor industrial.

A iniciativa, formalizada com a publicação no Decreto 54.007/08 no Diário Oficial do Estado de 13/02/2009, representa mais uma vitória da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na busca por saídas para reduzir os impactos da crise econômica mundial.

A fim de proporcionar condições de crescimento e geração de novos postos de trabalho e renda para a população, a entidade apresentou recentemente ao governo paulista uma proposta na qual pedia a desoneração da cadeia exportadora, bem como dos investimentos em bens de capital, possibilitando um incremento na produção do setor industrial.

O governo agora regulamentará as formas de utilização desses benefícios.


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MBE em Comércio Exterior

A Funcex e a ECEX/UFRJ montaram uma parceria e irão, a partir deste ano, oferecer também nas dependências da Funcex no Rio de Janeiro o curso de pós Graduação em Comércio Exterior.
A tradição em pesquisa e a expertise em consultoria técnica da FUNCEX juntam-se agora à larga e bem sucedida experiência da ECEX/UFRJ na área de ensino superior, para promover esta parceria que tem como objetivo a capacitação de profissionais que militam na área de comércio exterior.
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