22 de abr. de 2009

Bolsas do Brasil mundo afora

A pequena fabricante 1001 Retalhos, que produz bolsas artesanais e sofisticadas em Atibaia, interior de São Paulo, já exporta para 10 países e iniciou contatos com um importador de Dubai.

São Paulo – A fabricante de bolsas 1001 Retalhos nasceu pequena, na lavanderia da dona da empresa, mas sonha grande. Com apenas cinco anos de existência e fábrica em Atibaia, no interior de São Paulo, já exporta para 10 países, a maioria da Europa, e iniciou contatos com um importador de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos...

“O empresário árabe visitou nosso estande na Couromoda em janeiro deste ano. Gostou muito das nossas bolsas e levou seis amostras. Estamos aguardando novos contatos para ver se vira negócio”, afirma Ana Paula Felippe, uma das proprietárias da 1001 Retalhos e filha da idealizadora da marca, Evani Ribeiro. “Já sabemos que exportação exige muita paciência, que as negociações são lentas. Nosso cliente no Japão, por exemplo, demorou oito meses para pedir as primeiras amostras”, diz.

A empresária conta ter observado uma mudança no perfil dos visitantes estrangeiros que visitam a Couromoda. “Na edição deste ano recebemos importadores de muitos países distantes como Emirados, Turquia e Coréia, que costumávamos encontrar apenas em feiras na Europa. Prova de que eles estão realmente interessados nos produtos brasileiros”, destaca.

A meta da empresa é aumentar de 20% para 50% o percentual exportado em dois anos. “Por isso apostamos na conquista de novos mercados, como os países árabes, e estamos nos preparando para aumentar a produção em breve”, afirma.

Uma das estratégias da empresa para ampliar a presença da marca no exterior é a participação em feiras com a Prêt-à-Porter, realizada duas vezes ao ano em Paris.

De acordo com Ana Paula, não é à toa que as bolsas da 1001 Retalhos fazem o maior sucesso na Inglaterra, França, Itália, Espanha, Dinamarca, Grécia, Austrália, Japão, Uruguai e Estados Unidos. “Nossas bolsas são feitas com materiais 100% nacionais. Tem a cara do Brasil. Nenhum botão é importado. Temos por missão gerar emprego e renda no país”, diz.

A empresa trabalha com tecidos naturais como seda, linho e algodão. A aplicação do artesanato é feita em diversas técnicas, como bordado, fuxico e crochê. “Nosso objetivo é resgatar técnicas que estão se perdendo. Valorizamos a cultura e o artesanato brasileiro admirado no mundo inteiro”, destaca Ana Paula.

A empresária também demonstra uma preocupação ecológica ao trabalhar com lona 100% reciclada produzida a partir de fios de garrafas pet, sobras de tecidos de confecções e malharias.

Enquanto Ana Paula administra a parte financeira e toca adiante os planos de expansão da empresa, a fundadora Evani continua responsável pela produção da 1001 Retalhos e também por capacitar as artesãs. Além disso, ela ainda encontra tempo para ensinar a técnica do patchwork em comunidades carentes e no Centro de Ressocialização de Presos de Atibaia, onde existe um grupo de 10 presos que colaboram fazendo pingentes, alças e chaveiros.

Hoje a 1001 Retalhos produz cerca de mil bolsas por mês num galpão de 400 metros quadrados, emprega 31 funcionários e garante renda fixa para mais 50 artesãos da região. O preço de cada bolsa para o consumidor final varia entre R$ 500,00 e R$ 600,00.

Premiada

A 1001 Retalhos foi eleita pelo Top 100 de Artesanato Brasileiro, prêmio promovido pelo Sebrae, como uma das 100 melhores unidades produtivas de todo o país em 2008. A marca lança duas coleções por ano. Atualmente há quatro temas ativos: Árvores do Brasil, Mulheres do Brasil, Aquarela e Rosas. Os produtos são confeccionados em lona, onde é aplicado o patchwork.

Na coleção Árvores do Brasil, existe a preocupação também de retratar as árvores brasileiras em extinção, como Pau Brasil, Jacarandá, Pau Rosa e Jequitibá. A bolsas são vendidas com uma semente da árvore.

Contatos

Telefone: +55 (11) 4411.2425
E-mail: comercial@1001retalhos.com.br
Site: www.1001retalhos.com.br


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