30 de mar. de 2009

Comprar ou não comprar, eis a questão.

Confesso que depois de ter assistido ao documentário “I.O.U.S.A - Os Estados Unidos da Crise” exibido no último domingo pelo canal 41 da NET (GNT) fiquei perplexo. Muito mais talvez, se algum noticiário tivesse anunciado o início da terceira guerra mundial. Afinal, no caso de uma guerra, meia dúzia de países apertaria meia dúzia de botões e, tudo estaria solucionado. Muito provavelmente, aqueles que sobrevivessem, passariam a viver na realidade aquela ficção hollywoodiana estrelada pelo grande Will Smith “I am the Legend”. Mas, a guerra que foi deflagrada, parece ser muito pior e, não sei, se a solução, não passaria por algo similar ao proposto no filme. Uma verdadeira “virada de ponta cabeça” na ordem econômica mundial e na reconstrução dos valores da humanidade. Nesta bela sacudida mundial, alguns milhões ficariam em pé,... outros sentados, alguns de joelhos e muitos desapareceriam. Parece muita ficção, mas, não nos esqueçamos que em 1960, a chegada do homem à lua só era aceita se escrita por Júlio Verne. Bastaram apenas alguns anos, para que a obra do autor se transformasse em realidade. Hoje, já se pode até, comprar pacotes turísticos para o outro planeta. A época, em que ficção ficava só na ficção, é pura ficção. Hoje, quando pensamos em algo inusitado e, até impossível, nos surpreendemos quando encontramos o produto sendo apresentado em alguma feira ou, em algum site. O homem provou a si mesmo que praticamente nada é impossível. Talvez, o grande desafio ainda seja uma solução para a morte. Entretanto, não sei qual seria a vantagem em alguém viver 400 ou 500 anos. Melhor mesmo é dar uma passadinha no outro lado, acertar as contas com o criador e, aguardar a nova chamada. Nova roupagem, novo espírito e novas esperanças. Só fico me perguntando, de que forma eu voltarei. Ou será que lá em cima, também se canta aquele famoso samba de Noel Rosa “E agora com que roupa eu vou pra nova vida que Deus me convidou” (claro que a letra não é assim, mas, a adaptação é válida). Voltemos a terra, que é onde estão os nossos problemas, e deixemos os assuntos do além, para além. Uma observação que faço, sempre que o mundo se vê diante de alguma situação “fora dos eixos”, é a invocação do passado, através de seus protagonistas, como forma de solucionarmos o presente, para que o futuro não seja pior do que aquele passado foi um dia. Mas, parece que a humanidade, não aprendeu nada com o seu próprio passado e, insiste em verificar se o resultado é o mesmo. Ou seja, reconstrói um passado errado, em um presente equivocado, olhando para um futuro incerto. É complicado, mas, filosofia é assim mesmo. É discutir o sexo dos anjos, sem saber se foi o ovo ou a galinha que veio primeiro. E como falávamos em protagonistas do passado, esta crise não poderia passar incólume sem a citação de alguns. No caso presente, a vedete, foi no princípio da crise (se é que ainda não estamos no princípio) o grande economista John Maynard Keynes. Tão logo soaram as primeiras trombetas de retração econômica da Jericó de Wall Street e os guardiões das bolsas saíram alardeando as boas-vindas ao grande salvador: Viva Keynes! Ave Keynes! Salve Keynes! Todo mundo falando em Keynes. Até o dono da padaria, perto de casa, me perguntou: Vai um Keynes hoje? Pensei que ele falava de alguma marca nova de cigarros. Keyns Slims. Keynes Light. Keynes foi vendido como a panacéia para esta crise. A teoria de que o momento é de comprar e, não poupar, ganha adeptos em alguns países e inimigos em outros. Aqueles que defendem sua teoria, firmam-se no discurso que esta é a única forma de manter a economia girando. Comprar! Comprar! Comprar! O Brasil é um deles. Tanto isso é verdade, que o governo, vem tirando imposto de tudo aquilo que pode, trilhando o perigoso caminho da renúncia fiscal, em alguns setores e, comprometendo a vitalidade de outros. O caso dos investimentos públicos, como as obras, é um deles. O que não dizer da redução tributária imposta aos estados e municípios, que por tabela, são atingidos diretamente. Até mesmo a poupança, reduto sagrado dos pequenos investidores sofreu ameaças, caso as taxas de juros de outras aplicações, as de interesse do governo, caíssem tanto, ficando no mesmo patamar da sua prima pobre, mas, sem a segurança que a poupança dá ao investidor. Afinal, este não é o momento para se baixar os juros? Não é esta a lição de Keynes? A redução nas taxas de juros, não levaria, em princípio, o consumidor de volta às compras? Mas, a toda ação, existe uma reação de igual intensidade. E parece que o governo não está muito disposto a sofrer esta reação. Então, como fica o coitado do Keynes? Fica adaptado à moda tupiniquim. Enquanto isso, na terra do Tio Sam, onde provavelmente tudo começou, o protagonista é outro, quem viveu alguns anos antes do Keynes. Alexander Hamilton é a “bola da vez”. Primeiro secretário do tesouro dos Estados Unidos. A ordem do dia no país mais consumista da face da terra é poupar. Ou seja, só comprar se você tiver dinheiro. Os americanos estão entre “o cartão de crédito e o dinheiro”. E como o dinheiro anda curto, as tentações são enormes. Os diabinhos financeiros andam em polvorosa. Temos então duas situações antagônicas. Aqueles que sempre compraram muito, agora são aconselhados a poupar muito mais. E aqueles que nem sempre pouparam muito, agora são intimados a não poupar e a comprar muito mais. Quem está com a razão? Keynes ou Hamilton? O mundo parece ter ficado sem compradores e repleto de vendedores. O protecionismo vem a galope e arma suas barricadas cada vez mais altas. E não adianta o Brasil dizer que “desta água não beberei”, porque vai ter que beber sim, nem que seja na “hora da onça beber água”. Tudo ainda está muito nebuloso e, nas incertezas, Hamilton vem levando alguma vantagem, mesmo a contragosto de nossas autoridades que garantem que era verdade a história da “marolinha”. O consumidor anda mais cauteloso e, somente aqueles que, tem os dois pés bem seguros no chão, arriscam manobras mais ousadas. Entre “keynesianos” e “hamiltonianos” acho mesmo que a solução está no meio, algo como nos ensina o budismo e este meio estou encontrando em um terceiro protagonista da história, Jean-Jacques Rousseau, em sua magnânima obra “A origem da desigualdade entre os homens”. Rousseau, nesta obra, tentou ensinar ao mundo o respeito entre os seres humanos, o amor pela natureza e a paixão pela liberdade. Ele mostra o caminho histórico percorrido pelo homem, passando do estado de natureza para o estado civilizado. Ele defende a volta ao estado natural, sob novas formas. É mais do que verdadeiro quando fala nas distinções: “Essa distinção determina suficientemente o que se deve pensar, nesse sentido, da espécie de desigualdade que reina entre todos os povos policiados, pois é manifestamente contra a lei da natureza, de qualquer maneira que a definamos, que uma criança mande num velho, que um imbecil conduza um homem sábio, ou que um punhado de pessoas nade no supérfluo, enquanto à multidão esfomeada falta o necessário”. Somos todos dotados do livre arbítrio, por isso, escolhamos o nosso protagonista.




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RESUMO DA SEMANA DE 23 A 27 DE MARÇO DE 2009

Dia 23
CORTE PELA METADE NOS COMISSIONADOS DO SENADO - Em sua edição de hoje, o jornal O Estado de S.Paulo informa que, esta semana, Arthur Virgílio proporá medida "para atacar outro foco de farra com o dinheiro público". Diz que ele quer cortar em 50% os três mil cargos comissionados existentes no Senado. O senador tem-se mostrado muito desgostoso com os fatos que tem vindo a público, relativos a desmandos administrativos na Casa, o que tem impossibilitado o andamento normal da atividade legislativa...

BRIGADEIRO ITAMAR ROCHA, "UM HERÓI" - Ao saber, sábado, da morte do brigadeiro Itamar Rocha, aos 99 anos de idade, no Rio, Arthur Virgílio manifestou à imprensa seu pesar, assinalando ter sido ele "um herói que merece ser lembrado pelo País".
O senador disse que o brigadeiro teve importante participação na desarticulação de um dos mais macabros planos engendrados, em 1968, contra lideranças oposicionistas: o conhecido caso Para-Sar. "Preciso lembrar disso - disse - até para resgatar a memória nacional."
O plano, articulado pelo brigadeiro Burnier - na época, chefe de gabinete do ministro da Aeronáutica -, recordou Arthur Virgílio, consistia em explodir o Gasômetro, no Rio, e a represa de Ribeirão das Lajes, lançando o pânico na cidade. A culpa seria posta nas esquerdas, cujas lideranças seriam presas, postas em aviões da FAB e lançadas em alto mar.
O capitão do Para-Sar Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, conhecido como Sérgio Macaco, se opôs ao plano, que então chegou ao conhecimento do brigadeiro Itamar Rocha, diretor de Rotas Aéreas, ao qual o Para-Sar (esquadrão aeroterrestre de salvamento) estava subordinado. Para ele, não era tarefa do Para-Sar participar da repressão aos opositores do regime. Ouviu os envolvidos e mandou relatório ao ministro, o que lhe custou a perda do cargo, quatro dias de prisão domiciliar e outros aborrecimentos. Mas o plano acabou.
"Como assinalou o jornal O Globo - disse Arthur Virgílio - o brigadeiro tinha dois caminhos a seguir. Escolheu o pior para a sua carreira e o melhor para a sua consciência e o País." "Merece, pois, nosso reconhecimento e nossas homenagens", enfatizou o senador.

PROTESTO CONTRA CENSURA A O POVO - Arthur Virgílio solidarizou-se, sábado, com o jornal O Povo, de Fortaleza, condenando a proibição que lhe foi imposta, pelo juiz da 16ª Vara Cível daquela Capital, de divulgar reportagem sobre processo que corre, na Justiça Federal, sobre jogo de bicho no Ceará.
"Isso é censura prévia, intolerável num regime democrático", afirmou o senador. "Censura, por qualquer forma - acrescentou - é instrumento próprio de regime ditatorial. É incompatível com a Democracia, pela qual tanto lutamos, no País. A proibição fere o direito constitucional da livre circulação das informações."

BB: FALTA COM A VERDADE - Arthur Virgílio emitiu nota, no final da tarde de sexta-feira, dizendo ter o presidente do Banco do Brasil, Antônio Francisco de Lima Neto, faltado com a verdade ao falar, dia 18, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Ele disse que ia assinar empréstimo com o Banco Central, mas isso não estava confirmado.
O senador soube, depois, tratar-se de empréstimo há algum tempo anunciado pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, dizendo que poderia chegar a US$ 20 bilhões. Nada, porém, se concretizou. Nem mesmo outro, muito menor, de US$ 200 milhões, envolvendo o Banco do Brasil, o Bradesco e a Embratel. Esta não quis o empréstimo. Para o senador, o presidente do Banco do Brasil faltou com o respeito aos senadores.

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO E OS 100 ANOS DA UFAM - Hoje de manhã, Arthur Virgílio visitou o Hospital Universitário Getúlio Vargas, para verificar a situação em que se encontra, juntamente com o Curso de Medicina. O Hospital está ameaçado de fechamento devido à falta de estrutura e às baixas notas obtidas nas avaliações do MEC. Aos dirigentes do Hospital e a alunos do Curso de Medicina, o senador disse que requererá a convocação do ministro de Educação, Fernando Haddad, na Comissão de Educação do Senado, para explicar as razões do MEC para ameaçar cancelar o vestibular do curso de Medicina. "Recuso a aceitar algo tão drástico", acrescentou. "Não vejo o mesmo empenho do MEC em fechar cursos de várias faculdades caça-níqueis do País."
Em relação às precárias condições de funcionamento do Hospital, Arthur Virgílio disse ser necessária a participação do Governo do Estado e da Prefeitura para ajudar na recuperação das instalações e na complementação do quadro de pessoal. "É preciso entender a importância do HUGV para o Amazonas", ressaltou.
Depois de visitar o Hospital, o senador participou, na Assembléia Legislativa do Amazonas, da sessão especial em homenagem aos 100 anos da UFAM, proposta pelos deputados Luiz Castro, Vera Castelo Branco e Adjuto Afonso. Ele ressaltou o vínculo de sua família com a Universidade. Ela foi transformada em Universidade Federal graças a projeto de lei de iniciativa de seu pai, Arthur Virgílio Filho, que na época era deputado federal. No fim da tarde, retornou a Brasília.

Dia 24

ENXUGAMENTO NA ADMINISTRAÇÃO DO SENADO - A proposta de Arthur Virgílio, de reduzir muito o número de cargos de Diretoria e de cortar pela metade os cerca de três mil cargos comissionados do Senado, foi hoje bem recebida em reunião dos líderes partidários com o presidente José Sarney. As providências serão coordenadas pelo primeiro secretário da Comissão Diretora da Casa, senador Heráclito Fortes.
Arthur Virgílio encaminhou a Heráclito duas propostas: Uma para se tomar por base o número de cargos de Diretoria existentes em 1994 (sete cargos) e a ele se acrescer o que veio depois: a TV e a Rádio Senado, o Interlegis e o Unilegis, ou seja, mais dois ou três cargos. O Senado estava com mais de 180 cargos de direção ou equivalentes. A outra, é de cortar pela metade os aproximadamente três mil cargos comissionados, que são de livre nomeação e exoneração, não dependentes de concurso público. "O Senado pode muito bem funcionar com metade deles", disse o senador.
"Essa é a resposta que o Senado precisava e precisa dar à Nação", frisou Arthur Virgílio. "Jamais vi a Casa em crise tão grave. A resposta tem de parecer forte e ser forte. Fazendo isso, estaremos recuperando a paz para trabalhar, para votar as matérias necessárias para enfrentar a crise econômica. E acredito que será o início do reerguimento do conceito da Casa."

PETROBRAS: GASOLINA CARA E GÁS SUBSIDIADO - Arthur Virgílio criticou, hoje, a Petrobras, por manter alto o preço da gasolina e subsidiar para todos - inclusive os ricos - o preço do gás da cozinha. A crítica foi feita quando o senador se dirigiu, de manhã, ao presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, em reunião conjunta das Comissões de Assuntos Econômicos e de Infraestrutura do Senado.
O líder citou tabela mostrando que a gasolina, no Brasil, é mais cara do que na Holanda, Alemanha, França, Reino Unido, Estados Unidos e outros países do Primeiro Mundo. Para ele, não se entende que o preço possa ser mantido mais ou menos nos mesmos níveis tanto quando o petróleo chega a US$ 167 o barril quanto quando cai para os atuais US$ 39 ou US$ 40.
O gás de cozinha, por sua vez, tem o preço subsidiado em caráter geral, beneficiando tanto ricos quanto pobres. A seu ver, era melhor o sistema do vale-gás dos tempos do governo Fernando Henrique, o qual só beneficiava as pessoas de menor poder aquisitivo.
Arthur Virgílio perguntou também ao presidente da Petrobras como estão as obras do gasoduto Coari-Manaus. A resposta foi de que a atividade exploratória das bacias tem de preceder a de produção.

ELOGIADA MEDIDA PROVISÓRIA CONTRA CRISE - Por considerar que a Medida Provisória 447 é instrumento importante para contornar os efeitos da crise financeira mundial, Arthur Virgílio anunciou, hoje, em plenário, voto favorável. "A solução adotada - disse - possibilita a manutenção do nível de atividade econômica e de investimentos privados, além da geração de emprego e renda. Estimativas iniciais do Ministério da Fazenda é de que, com isso, as empresas poderão girar cerca de R$ 21 bilhões no caixa antes de recolher tributos federais." A MP 447 altera os prazos para recolhimento de impostos e contribuições federais, com o propósito de dar mais folga de caixa às empresas, em função da crise internacional.

SEQUESTRO-RELÂMPAGO E COOPERATIVAS - Arthur Virgílio votou a favor, também, do projeto de lei que tipifica o crime de seqüestro-relâmpago, tornando rigorosa a punição; e da proposição do senador Gerson Camata, regulamentando o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. Disse que ele facilita o acesso ao crédito e torna o sistema mais transparente, com fiscalização pelo Banco Central e pelos cooperativados.

PROJETO DE CLODOVIL - O Senado aprovou também o projeto de lei de autoria do recém-falecido deputado Clodovil Hernandes, permitindo que enteados possam, se autorizados, adotar o sobrenome do padrasto ou da madrasta. Foi para essa proposição que Arthur Virgílio pedira prioridade no dia da morte do deputado. "O projeto é bom e seria uma homenagem póstuma a Clodovil", assinalara.

Dia 25

MORTE DO JORNALISTA SEBASTIÃO REIS - Arthur Virgílio acompanhou hoje de manhã, em Manaus, o sepultamento do jornalista Sebastião Reis, ocorrido ontem, inesperadamente. Pouco antes de seguir, ontem à noite para o aeroporto de Brasília, o senador registrou em plenário seu pesar pela morte do jornalista, que era seu amigo.
Sebastião Reis, ressaltou o senador, era jornalista de grande conceito na imprensa brasileira, além de escritor e compositor. Começou no jornalismo aos 17 anos de idade, em 1977, no jornal A Notícia. Ainda na Capital amazonense, foi Diretor de Redação dos jornais do Commercio, A Crítica, O Estado do Amazonas e da revista Empório. E era o Editor Executivo do jornal Amazonas em Tempo.
Ele trabalhou também no Rio de Janeiro como repórter da Agência Sport Press e da Sucursal do jornal O Estado de S. Paulo. Fez a cobertura das Copas do Mundo de 1990, 1994 e 1998, como setorista da Seleção Brasileira, tornando-se amigo de grandes nomes do futebol brasileiro, como o técnico pentacampeão Zagallo, os jogadores Romário, Ronaldo e Rivaldo, entre outros, além do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.
"Escritor de excelente texto - assinalou ainda o senador - Reis foi professor do Curso de Comunicação Social da UFAM, na qual ingressou em 1985, mediante concurso público. Foi, depois, para o Rio, mas voltou.
Seu grande aconchego sempre foi o Amazonas. Foi também assessor de comunicação de campanhas políticas, inclusive, recentemente, a de Amazonino Mendes."

Dia 26

DIREITO DE ACESSO A INFORMAÇÕES PÚBLICAS - Arthur Virgílio será um dos debatedores no painel de encerramento do Seminário Internacional sobre Direito de Acesso a Informações Públicas, no dia 2, em Brasília, o qual terá por tema "Obstáculos para o acesso a informações no Brasil, sugestões de ações e debate do projeto de lei de acesso".
O Seminário é promovido por 22 entidades participantes do Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, entre as quais se encontram a ANJ (Associação Nacional de Jornais), a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), a Ajufe (Associação dos Juízes Federais), o Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a Transparência Brasil.

Dia 27

EUCLIDES DA CUNHA E A AMAZÔNIA: REVISÃO - Arthur Virgílio dedicou algumas horas de hoje à revisão final do artigo que fez para a Revista Brasileira, da Academia Brasileira de Letras. O senador atendeu a novo convite que lhe foi feito, desta vez para escrever ensaio sobre Euclides da Cunha e a Amazônia. Será publicado na edição que a revista dedicará ao escritor de Os Sertões, a propósito do centenário de sua morte, ocorrida em 1909, pouco tempo depois de seu retorno da Amazônia.
Para elaborar o artigo, Arthur Virgílio leu vários textos deixados por Euclides da Cunha sobre a Amazônia, inclusive numerosas cartas trocadas com amigos. Ele pretendia escrever um livro sobre a região, como fizera a respeito dos sertões baianos ao descrever a batalha de Canudos, mas a morte veio antes. Tudo isso está no artigo, o segundo solicitado pela revista. O outro, publicado na última edição, foi sobre o centenário de Luiz Viana Filho.



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"O mercado chinês está aberto para o Brasil"

O embaixador chinês Qiu Xiaoqi chegou ao Brasil há apenas três semanas, mas já está otimista. Diz que a China quer aumentar os investimentos no País e elevar as importações de produtos brasileiros. "Qualquer produto que tenha competitividade será bem-vindo na China", disse ele. No ano passado, o Brasil teve um déficit de US$ 13,6 bilhões com o gigante asiático, mas neste ano a situação está mudando.

No primeiro bimestre, as exportações brasileiras aumentaram 17% e as importações caíram 16,6%. Diplomata experiente, Xiaoqi conhece bem a América Latina. Foi embaixador em Cuba, no Peru, no Chile e na Bolívia. Ele reconhece que a China está preocupada com a crise mundial, que afetou o comércio global, mas diz que o país está atento e vai focar seus esforços no estímulo ao mercado interno. No caso, 1,3 bilhão de habitantes. Leia a seguir sua entrevista exclusiva à

DINHEIRO - Num momento de crise mundial, qual o papel da China?..

QIU XIAOQI - A China é, neste momento, a terceira maior economia mundial e sabemos das responsabilidades que isso traz. A nossa maior contribuição, portanto, é manter a estabilidade econômica interna. Qualquer instabilidade vinda da China significaria uma influência muito negativa para o desenvolvimento econômico mundial.

DINHEIRO - E como o governo chinês pretende agir?

XIAOQI - Há algumas semanas, durante a segunda reunião plenária da Assembleia Popular da China, o primeiro-ministro, Wen Jiabao, fez um pronunciamento sobre o papel do governo nos dias atuais. Ele foi bem claro ao detalhar as medidas que a China vem tomando e vai tomar. Trata- se de um plano de quatro pontos. O primeiro é o grande investimento que o governo fará para dar mais estímulo ao desenvolvimento econômico. É um aporte de US$ 585 bilhões. Queremos fortalecer esse investimento governamental como indutor do crescimento interno. Além disso, há uma diretriz para fazer um ajuste e elevar a competitividade de diversos setores econômicos. O terceiro ponto, até mais importante que todos esses, é melhorar o nível de vida do povo chinês. Por último, queremos aumentar o investimento no setor de pesquisa para fortalecer a cagoverpacidade de inovação científica e tecnológica no país. Essa é a base de qualquer avanço social e econômico.

DINHEIRO - O governo pode vir a fazer mais do que isso?

XIAOQI - Esse pacote é válido por dois anos. E, por enquanto, ele basta. A China conta com suficiente munição para qualquer imprevisto. Não se trata apenas de uma cifra, mas de outros recursos para a área social que não foram contabilizadas. É isso que tem contribuído para o crescimento suave, estável e sustentado que a China apresenta nos últimos anos. Somos um país com reservas e uma enorme capacidade de atração de investimentos.

DINHEIRO - Há uma preocupação com o desemprego? Fala-se que o limite para que a China mantenha a estabilidade social é uma expansão de 8%.

XIAOQI - Nosso governo está convencido de que alcançaremos esse crescimento. Nos últimos anos, o resultado da economia chinesa sempre ultrapassou as previsões. Sempre. Em relação à questão do emprego, a China está enfrentando uma pressão muito grande. E é por isso que encaramos como um objetivo maior que qualquer pacote financeiro seja um pacote voltado para a área social.

DINHEIRO - É justamente esse o medo da comunidade internacional: não conseguir manter uma estabilidade social com um crescimento baixo.

XIAOQI - Sim, mas nós não podemos fazer essa suposição. Para alcançarmos isso temos de ter confiança. É uma questão política. E não apenas para a China. Os outros países asiáticos precisam do nosso mercado e da nossa força trabalhando de forma positiva. A expectativa mundial vai ao encontro da nossa. Queremos estimular mais o consumo interno no país porque com essa crise financeira as exportações da China diminuíram bastante. Nossa economia depende muito do setor externo.

DINHEIRO - E como é possível para a China crescer sem as exportações?

XIAOQI - Estamos muito conscientes de que qualquer redução das exportações significa uma dificuldade para o crescimento da economia chinesa. Nosso esforço atual é para manter e superar as dificuldades que já surgiram com a redução das exportações. Também queremos estimular o consumo interno. Temos 1,3 bilhão de habitantes. Existe um grande potencial de consumo interno. Antes, esse potencial não estava sendo explorado. Agora, queremos dar mais impulso para que o consumo interno aumente.

DINHEIRO - O Brasil se beneficiou muito do crescimento chinês com o aumento do preço das commodities. Como o sr. vê a relação bilateral?

XIAOQI - As relações bilaterais se encontram no melhor momento. Foram estreitadas de diversas formas. Politicamente, temos uma confiança muito forte e mantemos um intercâmbio frequente no mais alto nível. Apenas no ano passado, os presidentes Hu Jintao e Luiz Inácio Lula da Silva se reuniram três vezes. Temos muitas coincidências e pontos de vista semelhantes em diversos assuntos internacionais. O comércio entre os dois países, no ano passado, foi de US$ 36 bilhões. O Brasil é o principal parceiro na região. Nesse campo, as relações são importantes e o entusiasmo de investimento entre os dois países aumentou muito. Empresas como a Gree e a Huawei são exemplos disso, investindo pesadamente no Brasil. Há, também, um pesado investimento governamental, principalmente em infraestrutura. Podemos esperar um aumento rápido do investimento.

DINHEIRO - Privado ou público?

XIAOQI - Não necessariamente privado. Temos um memorando assinado para cooperação no setor de petróleo. É um setor que desperta interesse em todo o mundo e não será diferente na relação entre dois players globais.

DINHEIRO - Mas com a crise há dinheiro para isso?

XIAOQI - Há dinheiro para isso, senão não teríamos assinado tantos convênios. Nossas reservas são as maiores do mundo. Temos capacidade de fazer investimentos no exterior.

DINHEIRO - E o comércio? Quando a China voltará às compras?

XIAOQI - As coisas vêm acontecendo num ritmo muito rápido. Além disso, não queremos buscar apenas superávit comercial. Esperamos que o comércio entre nossos países seja saudável e equilibrado. Esperamos que o Brasil possa vender mais produtos que são competitivos. O mercado chinês está aberto. Somos uma economia de mercado. Qualquer produto que tenha competitividade será bem-vindo na China. O Brasil é um país muito rico em recursos naturais e em outros produtos. O que temos de fazer é buscar essas potencialidades.

DINHEIRO - E em que áreas há interesse de aumentar a importação?

XIAOQI - Há de se estudar conjuntamente. Mas a possibilidade é ampla. Por exemplo, estamos precisando mais de aviões de médio alcance.

DINHEIRO - Falando em aviões, há alguma preocupação com a situação da Embraer na China?

XIAOQI - Não é uma preocupação, é uma dificuldade momentânea. As partes interessadas estão estudando como podemos superar isso.

DINHEIRO - No minério, houve um problema sério na negociação com as empresas chinesas.

XIAOQI - As partes estão trabalhando num entendimento e chegaremos a um ponto comum. Qualquer problema pode ser superado. A demanda chinesa é muito grande. E de longo prazo. Investir em construção é um dos pontos fortes do nosso programa de desenvolvimento. Dessa forma, precisamos importar o minério de que nossa indústria siderúrgica necessita. Mais uma vez, como em qualquer negociação, problemas surgem. Mas não é nada que não possa ser resolvido. As empresas estão em contato e é um trabalho entre elas. A economia chinesa é de mercado. O governo, muitas vezes, prefere não interferir diretamente nessas negociações.

DINHEIRO - O governo não pretende interferir nem nas reclamações feitas por empresários brasileiros sobre um eventual dumping chinês?

XIAOQI - Se há problemas pontuais, eles devem ser conversados e, dessa forma, buscaremos dirimir as insatisfações. Problemas pequenos sempre existiram entre parceiros comerciais. É assim com a China, com o Brasil, com a Argentina, com a Espanha e com os EUA. O que faz a diferença é a vontade de resolver pendências. E a China tem essa boa vontade.

DINHEIRO - Falando em novas oportunidades, a quais campos a cooperação pode se estender?

XIAOQI - A satélites, cosméticos. O Brasil, nesse momento, é um dos países mais avançados em pesquisas biotecnológicas, como nos biocombustíveis. A tecnologia brasileira pode nos ajudar muito.

DINHEIRO - A China usa etanol?

XIAOQI - Temos uma limitação estratégica, que é arrumar comida para 20% da população mundial com 8% das terras cultiváveis. Então, o combustível não pode ocupar a terra destinada à alimentação. Mas o Brasil pode nos ajudar.

DINHEIRO - O que mais interessa: biodiesel ou etanol?

XIAOQI - Temos interesse nos dois.

DINHEIRO - A posição chinesa em relação à crise, de coordenar gastos públicos e defender uma nova regulação, vem se mostrando parecida com a do Brasil. O que a China levará para a reunião do G-20?

XIAOQI - Queremos sustentar que a comunidade internacional deve trabalhar conjuntamente. Mas, para isso, precisamos reformar o sistema financeiro e fortalecer a sua supervisão. A falta de uma regulação eficaz é um dos fatores que mais contribuíram para a crise. Temos de aumentar esse intercâmbio entre os países emergentes porque a crise também mostra que somente os países desenvolvidos não têm capacidade para superá-la. Os países emergentes têm de ver seu direito de decidir sustentado pelos países desenvolvidos.

DINHEIRO - Isso vale para o Conselho de Segurança da ONU, no qual a China não apoia a entrada do Brasil?

XIAOQI - Ambos cremos que temos de fortalecer a eficiência do Conselho de Segurança. E ampliar e aumentar a representatividade dos emergentes.

DINHEIRO - Mas a China apoia a entrada do Brasil?

XIAOQI - A China é a favor de aumentar a representatividade de vários países no Conselho.



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Vitamina C

O teor de ácido ascórbico, vitamina "C", encontrado no camu-camu, fruto mais conhecido regionalmente como caçarí ou araçá d’água, é 20 vezes superior ao da acerola e 60 vezes ao do limão. Essa característica vem despertando interesse comercial de indústrias para exploração do seu potencial, propriedades e aplicações. O camu-camu está no topo da lista das matérias-primas das indústrias de medicamentos, cosméticos, alimentos e bebidas. Tudo em função de seu alto valor nutritivo...

Por conter um alto teor de ácido ascórbico e ácido cítrico, o camu-camu é um poderoso anti-oxidante e coadjuvante na eliminação de radicais livres proporcionando retardamento no envelhecimento, além de fortalecer o sistema imunológico, sistema nervoso e estimular o sistema cardíaco.

Uma outra vantagem do fruto é que mesmo após o cozimento ele não perde a vitamina "C", como acontece com outras espécies. As propriedades e benefícios do camu-camu têm despertado o interesse de outros países na importação da polpa e da fruta.

Isso despertou a curiosidade do pesquisador Oscar Smiderle, da Embrapa Roraima, que está realizando pesquisas para trabalhar a propagação por sementes e vegetativa da espécie Myrciaria dubia, o camu-camu. Smiderle está concluindo uma pesquisa relacionada ao tempo de armazenamento das sementes do fruto do camu-camu, obtidas em condições climáticas do Estado de Roraima.

Os frutos foram coletados manualmente das plantas, que geralmente são encontradas às margens de rios e igarapés, no município de Boa Vista. Os experimentos foram realizados no laboratório de sementes da Embrapa e em casa de vegetação.

"Foram realizadas duas coletas independentes. Depois das coletas, o primeiro procedimento foi a retirada e lavagem das sementes e, em seguida, o armazenamento das sementes a 20ºC por 90 dias. Daí fizemos uma seleção de acordo com o tamanho dessas sementes, para então semear em três épocas distintas e fazer observação quantitativa e qualitativa da muda", disse o pesquisador.

A árvore do camu-camu, que chega a alcançar até 8 metros de altura, pode ser encontrada em quase toda Amazônia, nas regiões ribeirinhas inundáveis. A propagação se dá pelas sementes, que não toleram perda de umidade, o que pode alterar a germinação da planta. Normalmente recomenda-se que logo após a colheita, as sementes despolpadas sejam lavadas e semeadas imediatamente, para que não percam a umidade.

"Durante a pesquisa as sementes foram armazenadas e conservadas de modo a manter essa umidade. Esse tipo de conservação pode permitir a produção de mudas por um período maior, pois as sementes do camu-camu tem uma viabilidade muito curta, não aceitando a secagem para conservação" explica Smiderle.

Os estudos e observações do pesquisador tem como uma das finalidades a possibilidade de enxertia sobre plantas da mesma família botânica e da produção em escala desse fruto fora das áreas de rios, especificamente em áreas de terra firme, com o cultivo em áreas maiores para comercialização dos frutos.

Fonte: Cultivar




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Brasil e Índia almejam comércio de US$ 10 bilhões

Projeto entre Apex-Brasil e Câmara de Comércio Brasil-Índia terá fórum de executivos, road shows em cidades indianas e vinda de compradores ao Brasil

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Câmara de Comércio Brasil-Índia promovem na quarta-feira, 1º de abril, o lançamento do projeto “Brasil-Índia: Grandes Países, Grandes Negócios”. O evento será realizado no Hyatt, em São Paulo, a partir das 17h. Atualmente, a corrente de comércio entre Brasil e Índia – um dos mercados prioritários da Apex-Brasil em 2009 – é de US$ 4,6 bilhões. Os dois países querem elevar o número para US$ 10 bilhões em 2010...

Em 2007, o Brasil exportou US$ 957,854 milhões para a Índia. Este número passou para US$ 1,102 bilhões no ano passado, o que representa crescimento de 15,08%. Em janeiro e fevereiro de 2009, as vendas externas para o país asiático já atingiram a cifra de US$ 203,388 milhões. Dentre os principais produtos comercializados do Brasil para a Índia estão açúcar em cana (US$ 109,974 milhões), sulfetos de minério de cobre (US$ 21,211 milhões), minérios de cobre e seus concentrados (US$ 15,489 milhões), óleo de soja (US$ 13,053 milhões), amianto (US$ 5,481 milhões) e bombas injetoras de combustível (US$ 3,670 milhões).

Entre as ações do projeto estão previstos road shows, fóruns e rodadas de negócios, além da vinda de compradores indianos para eventos no Brasil. “Queremos apresentar oportunidades de negócio não de um setor em geral, mas de um serviço ou produto específico, que tenha demanda na Índia”, explica Gilberto Lima, coordenador da área de mercados regionais da Apex-Brasil.

Entre 27 de abril e 6 de maio a Agência realizará um road show em sete cidades indianas (Nova Délhi, Mumbai, Chemai, Bangalore, Pune, Indore e Hyderabat – estas duas últimas a confirmar) mostrando oportunidades de negócios específicas do interesse de cada região. Ao todo, seis setores serão priorizados nas ações: tecnologia da informação (TI), alimentos processados, biocombustíveis, medicamentos e infraestrutura e logística. Para cada segmento haverá uma abordagem particular, chamada “ponto de refinamento”, indicando detalhes do mercado para um produto específico dentro do setor.

Em outra ação do projeto, está prevista, de 18 a 21 de maio, a vinda de representantes de cinco empresas indianas para a APAS, grande feira de supermercados que acontece anualmente em São Paulo. E, ainda em 2009, será organizado um fórum de chefes executivos (CEOs) de Brasil e Índia, do qual devem participar os 15 mais importantes executivos dos dois países. Paralelo ao encontro, acontecem rodadas de negócios.

Por fim, no segundo semestre, empresários brasileiros participarão de duas feiras na Índia, além de um seminário sobre etanol, a ser ministrado por empresas nacionais e parceiras indianas.




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Projeto que institui cotas para ingresso na universidade será debatido pela terceira vez em audiência pública

O projeto de lei que estabelece a política de cotas sociais e raciais para o ingresso de alunos nas universidades federais e estaduais, e ainda nas instituições federais de ensino técnico de nível médio (PLS 180/08), será debatido em audiência pública na quarta-feira (1º) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O debate terá inicio após análise das emendas de Plenário à proposta de emenda à Constituição ao projeto que institui regime especial de pagamento de precatórios pela União, Distrito Federal, estados e municípios (PEC 12/06), em reunião prevista para ter início às 10h...

Foram convidados para a audiência pública o ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Edson Santos de Souza; o reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Amaro Lins; o historiador e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, José Roberto Pinto de Góes; o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Ismael Cardoso; e o ex-presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Simon Schwartzman.

Essa será a terceira audiência pública que a CCJ irá realizar para debater o projeto, que tem como relatora a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). A primeira foi realizada em 18 de dezembro do ano passado. A segunda, no último dia 18, contou com a participação de dez especialistas no assunto, sendo cinco favoráveis e cinco contrários à proposta, que também provoca divergências entre os senadores.

Cotas

O projeto que cria o sistema de cotas sociais e raciais nas universidades e escolas de ensino médio reserva no mínimo 50% das vagas nessas instituições para estudantes que tenham cursado o período escolar anterior integralmente em escolas públicas. Metade das vagas reservadas (25% do total) deve ser preenchida por estudantes oriundos de famílias com renda per capita de até 1,5 salários mínimos. A outra metade é reservada a alunos negros, pardos e indígenas.

De acordo como texto em análise, já aprovado na Câmara após intensa polêmica, as vagas por etnia devem ser preenchidas de acordo com a proporção de cada grupo na população do estado onde se localiza a instituição de ensino federal, em conformidade com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A proposta, da deputada Nice Lobão (DEM-MA), foi aprovada na forma do substitutivo apresentado pelo deputado Carlos Abicalil (PT-MT). A previsão da cota social, atrelada à renda familiar per capita, nasceu de emenda aprovada em Plenário.

O projeto determina que as universidades públicas selecionarão os alunos do ensino médio em escolas públicas tendo como base o coeficiente de rendimento, conseguido por meio de média aritmética das notas ou menções obtidas no período, considerando-se o currículo comum a ser estabelecido pelo Ministério da Educação. As cotas deverão ser respeitadas em cada curso e turno das universidades. A seleção para as vagas fora das cotas continuaria a seguir o padrão do vestibular até a definitiva extinção desse sistema de provas.

Ainda de acordo com a proposta, as universidades terão o prazo de quatro anos para o cumprimento das regras, implementando no mínimo 25% da reserva de vagas determinada pelo projeto a cada ano. O projeto faculta às instituições privadas de ensino superior o mesmo regime de cotas em seus exames de ingresso.

Paulo Sérgio Vasco / Agência Senado

(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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