8 de abr. de 2009

Escoamento de cargas no Brasil é criticado pela presidente da CNA.

É mais do que sabido, por aqueles envolvidos com o Comércio Exterior brasileiro, que a rubrica transporte tem um peso significativo nos custos do processo. E não é para menos, afinal, ainda é inconcebível que, em um país com as dimensões do Brasil, grande parte de todo o transporte seja feita por caminhões. E não podemos considerar apenas os custos diretos, mas, também a questão da poluição e dos congestionamentos e acidentes. As distâncias são enormes e, queiramos ou não, refletem diretamente no custo final do produto, tanto no mercado interno como no mercado externo. E quem acaba pagando por isso é o consumidor, o exportador, o importador e, por tabela o Brasil. Por isso, fica difícil, quando o presidente da república, avisa que chegou a hora de todos “apertarem os cintos”, pois, nos cintos dos exportadores e importadores já não há lugar para mais furos. Tanto a malha ferroviária, como a malha hidroviária e, aqui podemos até incluir a navegação de cabotagem, precisam passar por um enorme programa de “marketing de revitalização”, seja ele feito através do governo ou, em parcerias com a iniciativa privada. As pesadas estruturas públicas, que hoje comandam a rede ferroviária, precisam de novo oxigênio e, este oxigênio, só pode vir mesmo das mãos dos empresários. Basta olharmos os resultados das privatizações das rodovias, ainda que não estejam naquele grau de perfeição desejado pelos usuários, estão muito melhores do que quando administradas pelos governos. É o velho caso do “core business”. E, é por isso, que a senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, não se cansa de reclamar: “Os investimentos em ferrovias não chegam a 3% do PIB e em hidrovias é menos de 1%. Temos vários rios mississipis e temos que aproveitar esta condição”, afirmou a senadora, fazendo alusão ao rio norte-americano, que é de grande importância para e economia dos Estados Unidos. Na visão da senadora, o agronegócio brasileiro poderia crescer ainda mais se o país contasse com uma malha de hidrovias e ferrovias mais eficaz.” E não adianta apenas modernizar e ampliar as matrizes de transporte, na seqüência, serão necessários pesados investimentos na infra-estrutura aeroportuária. Pois, de nada adianta transferir um gargalo de um lugar ao outro. O principal ponto de apoio da questão levantada pela senadora, é o fato do comércio internacional brasileiro estar crescendo na ordem de 12% ao ano e, caso nenhuma iniciativa seja tomada imediatamente, em breve, o sistema entrará em colapso. Dispensa dizer qual será o tamanho do prejuízo para o país. O governo precisa entender que um processo de Comércio Exterior não está limitado às viagens no exterior como forma de apresentar o país e suas oportunidades. Este é o primeiro passo. Logo em seguida, a lista de ações que o envolverão é enorme e, todos juntos formam uma grande máquina. No momento em que uma das engrenagens pára, todo o processo sofre. E em momentos de crise, não podemos perder as oportunidades, por causa de uma infra-estrutura de transporte de baixa qualidade. Os custos da renovação da malha, podem, facilmente ser diluídos, quando associarmos à ela o setor de turismo. Basta imaginarmos o grande potencial latente que existe nesta indústria, porque, atualmente, só podemos conhecer o país, através de aviões ou ônibus. Basta pensar, discutir, planejar, traçar metas e objetivos e “mãos à obra” e como sabemos, obras significam mais empregos. Isto é investimento e não custeio.




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