16 de abr. de 2009

CANADÁ: POTENCIAL PARA OS CAFÉS INDUSTRIALIZADOS DO BRASIL

A primeira participação do programa Cafés do Brasil no SIAL 2009 - Salão Internacional de Alimentação, uma das mais importantes feiras do Canadá, realizada no início do mês no Palácio dos Congressos, em Montreal, terminou com saldo positivo. Só com a Reseau Laurentides, uma rede de 32 butiques de café com sede em Quebec, foi fechado negócio no valor de 350 mil dólares canadenses, com a venda de aproximadamente 60 toneladas de café torrado e moído (com certificado de responsabilidade social) no decorrer dos próximos 12 meses.

"Nossa participação era mais institucional e de prospecção de negócios, mas o resultado superou todas as expectativas", diz Christian Santiago e Silva, coordenador executivo do PSI - Projeto Setorial Integrado de Promoção à Exportação de Cafés Industrializados, realizado pela Apex-Brasil, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos em parceria com a ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café.

De acordo com Santiago, além de cafeterias e butiques de café, o produto brasileiro atraiu o interesse de importadores e distribuidores canadenses. "Nos três dias de contatos na feira e nas visitas que fiz a alguns supermercados de Montreal, ficou evidente as grandes possibilidades que podem surgir para os Cafés do Brasil, pois não há referencia do nosso produto junto ao consumidor final, o que possibilita que o empresário brasileiro ofereça essa oportunidade ao varejo desse país". Como potencial de negócios, Santiago cita os preços dos cafés premium, de maior qualidade e maior valor agregado: em média 26,00 dólares canadenses o quilo, equivalente a 52,00 reais. "É um valor que remunera todos os agentes da cadeia, e o Brasil tem condições de se firmar nessa categoria, considerando a qualidade dos cafés em grão torrado ou torrado e moído que já exporta para diversos países".

O Pavilhão Brasileiro no Sial, que contou com a presença de 29 empresas e entidades, foi organizado pelo Setor de Promoção Comercial do Brasil (SECOM), do Consulado Geral do Brasil em Toronto. O SECOM é responsável pela promoção de produtos e serviços brasileiros e, entre outras realizações, dá apoio a missões empresariais, cuida da captação de investimentos e coordena a participação de empresas brasileiras em feiras e congressos no território canadense.

Foco nos mercados 'traders'
A exportação de café torrado e moído com marca brasileira é uma iniciativa muito recente, que assumiu uma característica de negócios consistentes a partir de 2002. Com apoio da Apex-Brasil, que mantém convênio com a ABIC na realização do PSI, as vendas para o exterior totalizaram US$35,6 milhões em 2008, contra US$26,0 milhões em 2007, um crescimento de 37%. Em sete anos, as vendas aumentaram em quase 800%, considerando que em 2002 os embarques foram de US$4 milhões.

O novo convênio firmado entre Apex-Brasil e ABIC, com validade até 2010, prevê novas estratégias para a inserção dos Cafés do Brasil em diferentes mercados, principalmente os considerados "traders", que são países ou regiões com um alto potencial de comercialização dos produtos. É esse o caso do Canadá, que já é um tradicional comprador de café verde e café solúvel do Brasil. Em 2008, o país importou US$53,521 milhões de café verde (19.728 toneladas), e US$17,711 milhões de café solúvel (1.968 toneladas). Esses volumes sinalizam o potencial que existe para a venda do produto industrializado.
fonte: ABIC

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