11 de mar. de 2009

OMC pede que Brasil reduza tarifas comerciais

A Organização Mundial do Comércio (OMC) pediu ao Brasil que reduza as tarifas comerciais. O pedido foi feito em relatório divulgado pela instituição, nesta segunda, dia 9, durante a análise da política comercial brasileira que começou na sede do órgão, em Genebra.Para enfrentar a crise global, a OMC recomenda ao Brasil que "seja perseverante em seu empenho para dar novo ímpeto ao comércio e aos investimentos, inclusive mediante a redução da proteção aduaneira efetiva, a utilização menos frequente de proibições a importações e a introdução de uma maior previsibilidade no regime de investimentos estrangeiros".De acordo com o relatório, o Brasil aumentou a proteção aduaneira global de 10,4% em média em janeiro de 2004 para 11,5% em média em janeiro de 2008. Esta é a quinta vez que o Brasil se apresenta para o exame regular de sua política comercial na OMC, procedimento obrigatório de cada país a cada quatro anos. A avaliação mais recente era de 29 de outubro de 2004.O documento apresentado sobre o Brasil será debatido a portas fechadas durante três dias pelos 153 Estados-membros da OMC, que fizeram 534 perguntas que devem ser respondidas pela delegação brasileira durante as deliberações, indicou um diplomata brasileiro.– As conclusões do exame nos serão comunicadas oficialmente pela secretaria da OMC uma vez concluído o debate, mas não terão um caráter obrigatório – advertiu o diplomata brasileiro.– Nossa avaliação é de tom positivo e demonstra a boa imagem da economia do Brasil – manifestou.– É certo que aumentamos a tarifa média para as importações de 10,4% em janeiro de 2004 a 11,5% em janeiro de 2008, mas estamos dentro dos limites estabelecidos pela OMC, que nos permitem elevar as tarifas das importações até 35%, mas isto só se aplica a 4% das importações, que entretanto continuam crescendo –frisou.O relatório da OMC indicou que o Brasil teve crescimento médio de 4,5% entre 2004 e 2007, e que no primeiro semestre de 2008 chegou a 6%, mas advertiu que o "previsível é que este ritmo caia depois como resultado do enfraquecimento da atividade mundial".O documento indicou ainda que o Brasil possui um superávit da balança comercial, embora tenha registrado déficits em suas balanças de serviços e de ingressos. Além disso, destacou uma forte expansão das exportações, em alta de 22%, enquanto as importações "cresceram inclusive mais depressa, chegando a uma taxa de 26%". Fonte: CANAL RURAL/AGENCIA SAFRAS


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