17 de mar. de 2009

Mercadante pede agenda positiva para o Mercosul

O presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), defendeu o estabelecimento de uma agenda positiva para o processo de integração regional, com a inclusão de temas como a convergência macroeconômica e a criação de uma futura moeda única do bloco. Ele elogiou as prioridades anunciadas pelo ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Alejandro Hamed Franco, para a presidência pro tempore do bloco ao longo do primeiro semestre, nesta terça-feira (17), em Montevidéu.

- Ao longo dessa Presidência, o Paraguai dará seguramente um impulso novo à integração. Precisamos avançar com a agenda da integração e constituir um tribunal de justiça com poder vinculante, além de promover obras de infraestrutura, que geram muitos empregos. O eixo fundamental deve ser o combate às assimetrias, para tornar o Mercosul menos desigual, mais solidário e com um rosto humano, como disse o ministro - afirmou Mercadante.

Igualmente em resposta ao pronunciamento de Hamed, o parlamentar argentino Rodolfo Godoy lembrou que a crise econômica mundial nasceu nos países desenvolvidos, mas terá impacto na região. Para ele, no entanto, a crise deve "gerar a oportunidade de maior integração e cooperação".

O parlamentar paraguaio González Núñez lamentou que a integração ainda não tenha beneficiado como deveria os habitantes dos países do bloco. Ele defendeu a busca de uma integração diferente do que a feita até o momento e disse que, em sua opinião, o Mercosul vive um "ponto de inflexão". Núñez pediu que os países mais desenvolvidos do bloco sejam generosos com os menos desenvolvidos, a exemplo do que tem ocorrido na Europa durante o processo de integração.

Por sua vez, o deputado uruguaio Roberto Conde considerou "ambiciosas, mas realistas" algumas das atuais metas do Mercosul, como a constituição de um tribunal de justiça e a eleição direta dos membros do Parlamento do Mercosul. E o deputado venezuelano Calixto Ortega pediu apoio de Hamed para a "incorporação de pleno direito" da Venezuela ao bloco. O protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul ainda precisa ser aprovado pelos Poderes Legislativos do Paraguai e do Brasil.
Marcos Magalhães / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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