17 de mar. de 2009

Mais de 2 mil empresas deixaram de importar ou exportar em janeiro

Mais de 2 mil empresas exportadoras e importadoras deixaram o comércio exterior brasileiro no mês de janeiro. A informação é da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB)...
Mais de 2 mil empresas exportadoras e importadoras deixaram o comércio exterior brasileiro no mês de janeiro. A informação é da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), que chegou a esse número com base nos dados da balança comercial divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O número chamou a atenção da associação. No caso das exportadoras, a quantidade de empresas que atuam no setor caiu de 9.332, em janeiro de 2008, para 8.223 no primeiro mês deste ano, uma diferença de 1.109. O número é superior ao total de empresas que deixaram o mercado de exportação em todo o ano passado, 481.

No caso das empresas importadoras, a redução na comparação entre janeiro deste ano e o mesmo mês de 2008 foi de 1.041. Em todo ano passado, houve um aumento de 4.214 empresas importadoras. “É um cenário completamente diferente neste ano”, afirmou o vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro.

Segundo Castro, a situação é um reflexo da crise financeira internacional, que tem levado à redução do crescimento econômico no mundo. Segundo ele, o primeiro setor a sentir os efeitos da crise no Brasil foi o exportador, que enfrenta redução da demanda pelos seus produtos. “Se não tem comprador, ou a empresa entra em falência ou reduz a produção”.

Para o vice-presidente da associação, as medidas do Banco Central para financiar as exportações ajudaram, mas não resolvem o problema da redução da demanda. “Ajudou o que já está fechado [de vendas]. Mas se a empresa não consegue vender, o crédito não adianta”. De acordo com Castro, o setor exportador é o que mais está demitindo por conta da crise e não há perspectiva de melhora por enquanto.

No caso da redução das importações, o motivo é o aumento da cotação do dólar, o que deixa os produtos mais caros para o consumidor final. “O custo está mais elevado e ainda há redução na demanda no mercado interno, em um momento de risco de desemprego”, acrescentou Castro. O vice-presidente acrescentou que o menor crescimento econômico do país também deve reduzir a importação de produtos.

Em janeiro deste ano, a balança comercial (exportações e importações) registrou déficit de US$ 524 milhões, o primeiro resultado mensal negativo desde março de 2001. Mas, em fevereiro, houve recuperação com um saldo positivo de US$ 1,767 bilhão.

No acumulado do ano, até a segunda semana de março, o superávit comercial é de US$ 1,665 bilhão, 22,2% menor do que o registrado no mesmo período de 2008.

Fonte: Agência Brasil


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