12 de mar. de 2009

Evento no Oriente Médio abre mercado para novos produtos brasileiros na região.

Apesar da crise, evento em Dubai consegue abrir novos mercados para empresas brasileiras. O projeto Sabores do Brasil, da Apex-Brasil, reuniu 400 compradores de 13 países do Oriente Médio para negociar com 40 indústrias nacionais.

As 40 empresas brasileiras do setor de alimentos e bebidas que participaram do evento Sabores do Brasil, organizado pela Apex-Brasil em Dubai durante o carnaval, tiveram em um único dia 720 reuniões com 400 compradores de Kuwait, Omã, Arábia Saudita, Bahrain, Qatar, Líbano, Jordânia, Egito, Malásia, Madagascar, Sudão e Síria. As empresas apresentaram principalmente produtos de maior valor agregado, até então desconhecidos pelos árabes. Apesar da crise, ficou claro que o comércio do país com as indústrias árabes não sofreu qualquer impacto.

O evento começou no dia 21 de fevereiro com uma palestra sobre a produção e o potencial exportador do Brasil e um jantar de gala, onde foi servida comida brasileira, preparada pela Chef Morena Leite, para 250 convidados. No dia seguinte, a rodada de negócios teve uma demanda maior que a planejada inicialmente, pois muitos compradores que estiveram no jantar decidiram se reunir com mais empresas do que haviam agendado.
Cada representante brasileiro atendeu a uma média de 30 compradores árabes. "Nossa intenção foi mostrar ao mundo árabe que o Brasil não produz somente itens básicos como carne de frango, suco de laranja e café, mas também uma diversidade de produtos mais elaborados, com maior valor agregado, fortalecendo a marca Brasil", explica o diretor de negócios Maurício Borges. E a estratégia deu certo - boa parte dos compradores árabes desconhecia a diversificada produção brasileira de alimentos e a maior parte dos produtos apresentados causou surpresa. Muitas empresas já receberam pedidos de compradores da Arábia Saudita, Catar, Omã Jordânia, Líbano e Bahrein e também de distribuidores de Dubai, que reexportam para vários países, como Índia, Paquistão Sri Lanka e Somália.

O importador Jalal Thamer, da Arábia Saudita, já comprava do Brasil itens como suco de laranja, carne de frango e açúcar. No evento, fechou pedidos de suco de uva, café torrado, massas, bolos e panetones, doces, água de coco e leite de soja. "O Brasil tem bons produtos e é um bom parceiro comercial. Foi uma oportunidade excelente para conhecermos o que o Brasil tem para oferecer, e deve ser repetida, pois temos muita demanda por produtos alimentícios", afirmou. Já Failsal Al-Maghribi, da Tri Arc Group, do Kuwait, estava interessado no setor de balas e chocolates. Conheceu as empresas brasileiras e iniciou negociações que podem render contratos de exportação. "Quero levantar o máximo de informações sobre o Brasil para decidir minhas próximas compras", disse.

Entre as empresas brasileiras, a satisfação com os resultados foi geral. A Dori, que já exporta balas e confeitos para Jordânia, Palestina, Líbia, Líbano, Israel e Kwait, conseguiu vender o primeiro container para um distribuidor de Dubai. "Não é um volume grande, mas é uma excelente oportunidade para introduzir nosso produto em vários mercados e ampliar o volume de negócios com o distribuidor", disse Carlos Cesar de Assis, gerente de exportação da Dori. "Nossa meta é abrir mercados e aqui fizemos excelentes contatos com Arábia Saudita, Bahrein e Catar", completou. Eriel Mineli, da New Max vendeu 60 caixas do leite de soja Solmax para a Arábia Saudita. "Foi meu primeiro negócio no Oriente Médio e me surpreendeu, porque vim ao evento apenas pensando em fazer contatos iniciais", disse.

As cinco empresas do setor de biscoitos fizeram 140 contatos com compradores de 15 países. Saíram com seis pedidos fechados e 15 encaminhados para os próximos três meses. "Esse é um formato de evento inteligente, que gera resultados mais rápidos, com compradores mais qualificados", avaliou o presidente da ANIB (Associação Nacional da Indústria de Biscoitos), José dos Reis. A vinícola Aurora fechou um carregamento de suco de uva integral para Dubai, abrindo mercado para um produto que não existe no Oriente Médio. "Eles não têm um produto como o nosso - natural, sem conservantes, feito somente com uvas espremidas e com certificação halal. Temos certeza de que vamos entrar com muito sucesso no mercado", disse a empresária Rosana Pasini, que fez contato com 30 compradores durante a rodada de negócios.

Participaram ainda empresas de frutas, carne bovina, carne de frango, café, arroz, mel, leite de soja, água de coco, refrigerante de guaraná, açaí e vinhos, entre outros. "Nenhum dos compradores que atendi sabia que o Brasil produz arroz e ficaram surpresos com a qualidade do nosso produto", comentou Patrícia Quadros, da SLC Alimentos. O representante da Sara Lee Cafés fez quase 30 contatos e está certo de que alguns vão render contratos de exportação. "A palestra e o jantar no dia anterior prepararam o ambiente para os negócios do dia seguinte e os árabes vieram conversar com as empresas brasileiras com uma pré-disposição positiva", avaliou. Sergio Braga, da Batia Frutas saiu do evento animado com a possibilidade de fechar negócio com cinco compradores de Dubai e Arábia Saudita, interessados em importar seus mamões, figos, goiabas e mangas.
"Essa foi a primeira ação conjunta do setor de alimentos e bebidas no exterior, e conseguimos mudar a percepção sobre a diversidade e a qualidade dos produtos brasileiros", avaliou o coordenador de Imagem e Acesso a Mercados da Apex-Brasil, Juarez Leal. A maioria das empresas participou também da Gulfood, maior feira de alimentos e bebidas de Dubai, que começou logo após o Sabores do Brasil (23 a 26/02).

Mais informações: Assessoria de Imprensa Apex-Brasil – (61) 3426-0202 – www.apexbrasil.com.br

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