19 de mar. de 2009

Radar da Fiems aponta queda de 43% na geração de empregos no setor industrial em fevereiro

Levantamento feito pelo Radar Industrial da Fiems – Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul – aponta que a indústria de transformação no Estado registrou uma redução de 43% na abertura de novos postos de trabalho em fevereiro deste ano com relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto no mês passado foram criadas 558 novas vagas, no mesmo mês de 2008 o total de vagas foi de 985, conforme os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego.

Já em relação a janeiro deste ano há uma queda de 63,4%, pois no referido mês foram criadas 1.524, a maioria pelo setor sucroalcooleiro, sendo que, somado a isso, em janeiro, apenas três segmentos da indústria de transformação em Mato Grosso do Sul apresentaram saldos negativos. Já em fevereiro foram sete, em um total de doze segmentos pesquisados.

De acordo com o Radar Industrial, no mês passado, 25% dos segmentos da indústria de transformação no Estado apresentaram perda liquida de postos de trabalho, já no mês seguinte esse número passou para 58% dos segmentos pesquisados. Além disso, a indústria da construção civil apresentou uma forte reversão na geração de empregos.

Em fevereiro de 2008, o setor foi responsável pela criação de 601 novas vagas, em contrapartida, no mesmo mês em 2009 o resultado apresentado foi de -170 postos de trabalho. Resumidamente, no caso da indústria de transformação em Mato Grosso do Sul não se pode deixar de lado a importância que o setor cumpre na criação de novos postos de trabalho. Ainda segundo análise do Radar, até o momento foram 2.762 novas vagas ou 34% do total de empregos criados no Estado em 2009, embora maior número de segmentos da indústria de transformação esteja apresentando reduções liquidas de postos de trabalho.

Segmentos da indústria

Deste modo, o sinal indicado neste mês deve sugerir muita cautela. Afinal, houve uma perda relativa acentuada quando comparado com igual período de 2008 (-43%) e que se acelerou fortemente quando se considera o desempenho ocorrido em janeiro, como indicado acima.

“Adicionalmente, grande parte do desempenho do setor está vinculado aos movimentos que ocorrem no segmento de produção de alimentos, bebidas e álcool etílico, que foi responsável pela geração de 1.987 vagas ou 72% do total de empregos criados na indústria de transformação. E onde, há também, um forte componente sazonal que pesa sobre as estatísticas de geração de empregos no setor, marcadamente sobre a produção sucroalcooleira”, traz análise do Radar Industrial.

Os demais segmentos da indústria de transformação registraram, em sua maioria, uma redução líquida nos postos de trabalho. Dos 12 segmentos pesquisados, sete apresentaram saldos negativos (minerais não-metálicos, metalurgia, mecânica, materiais de transporte, madeira e mobiliário, papel, papelão e editoração e química, produtos farmacêuticos e veterinário).

Geral

No geral, em Mato Grosso do Sul o mês de fevereiro apresentou um saldo líquido de 2.208 postos de trabalho, elevação de 5% sobre o saldo do mês anterior, que ficou em 2.102 vagas. Tradicionalmente, em fevereiro, a geração de empregos formais no Estado apresenta, em relação a janeiro, uma pequena acomodação, em geral, ocorrem pequenas variações.

Normalmente, a geração de empregos no estado se acelera nos meses de março e abril. Contudo, não se deve deixar escapar que o desempenho ocorrido em fevereiro de 2009 foi 45,2% inferior ao observado em igual mês de 2008.

Resultado próximo do ocorrido em janeiro, onde no ano de 2009 o saldo deste mês se situou em nível semelhante, apresentando redução de 48,6% sobre o mês correspondente do ano anterior. Tal constatação pode sugerir um movimento de acomodação na geração de empregos formais no estado, ou seja, em níveis próximos da metade dos saldos ocorridos em iguais meses de 2008.

Todavia, o crescimento de 5% verificado na geração de novos postos de trabalho ainda não é suficiente para sugerir um sinal de estabilização com possível viés de recuperação. Pois, este mês apresenta forte fator sazonal sobre as contratações, especialmente, no segmento de serviços, notadamente àquelas vinculadas aos serviços de educação, em função do reinicio do período letivo.


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