18 de mar. de 2009

Queda mineira

O agronegócio mineiro ainda dá sinais de vigor, mesmo com a crise financeira global. É o que mostra levantamento sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro em 2008, feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). Patrocinado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o estudo apurou crescimento de 14,8% do PIB do setor no ano passado.
O presidente da Faemg, Roberto Simões, informa que o PIB do agronegócio estadual atingiu R$ 90,534 bilhões. O agronegócio da pecuária respondeu por fatia maior, de 51,8%, e o da agricultura, por 48,2%. O PIB do agronegócio mineiro já corresponde a 35% do PIB total do Estado e a 12% do PIB do agronegócio nacional. Esse crescimento, segundo ele, foi possível devido ao excelente desempenho do setor nos três primeiros trimestres de 2008. No último trimestre, no entanto, o dinamismo do setor começou a arrefecer, reflexo da crise econômica mundial.
Segundo o secretário de Estado de Agricultura, Gilman Viana Rodrigues, entre os quatro segmentos que compõem o PIB do agronegócio, o que registrou maior crescimento em 2008 foi o de insumos, com alta de 41,22%, devido ao aquecimento da demanda e à conseqüente alta dos preços. Seguiram-se os segmentos básico (23,02%) e de distribuição (10,93%). Já a indústria sofreu queda de 0,78%, desempenho negativo similar ao verificado em 2007, em função especialmente do decréscimo dos preços em meio à crise internacional irradiada dos Estados Unidos.
Todos os segmentos do agronegócio já sentem os efeitos da crise. Na agricultura, os produtores de café e cana-de-açúcar estão entre os que sofreram maior baque na rentabilidade. Na safra 2008/2009, a área plantada com grãos caiu 2,3%, mas ainda assim o volume deve crescer 0,5%, resultado do aumento da produtividade. Na pecuária, carne bovina e leite foram os mais afetados. Gilman Viana e Roberto Simões consideram que ainda é cedo para traçar um panorama para 2009, mas alertam que o momento é de cautela e que os indicadores do setor devem diminuir.



Fonte: Governo de Minas Gerais


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