1 de mar. de 2009

US$ 55 milhões em negócios na Gulfood

Agência de Notícias Brasil-Árabe
Essa é a estimativa das 12 empresas brasileiras que participaram do estande organizado pela Câmara Árabe e Ministério da Agricultura na maior feira da indústria alimentícia do Oriente Médio.

Marina Sarruf, enviada especial marina.sarruf@anba.com.br

Dubai – Os contatos realizados pelas 12 empresas que participaram do estande da Câmara de Comércio Árabe Brasileira e do Ministério da Agricultura na Gulfood, feira da indústria alimentícia que terminou nesta quinta-feira (26) em Dubai, podem render cerca de US$ 55 milhões em negócios, sendo US$ 15 milhões em pedidos feitos na própria mostra e US$ 40 milhões em encomendas nos próximos 12 meses, de acordo com levantamento feito pela Câmara Árabe e pelo ministério.
Marina Sarruf/ANBA Marina Sarruf/ANBA

Estande do Brasil recebeu mais de 2 mil contatos


“Nessa edição o movimento foi menor que no ano passado, mas foi muito bom. Foi além do esperado”, afirmou o gestor do ministério, Danilo Gennari. Nos quatro dias de feira, as empresas do estande receberam mais de 2 mil contatos de pelo menos 20 países. “Apesar do movimento menor, os contatos foram melhores e o movimento foi mais qualificado”, disse Gennari.

De acordo com ele, no ano passado o mundo estava demandando muito, mas em 2009 os negócios tendem a se estabilizar. “Para alimento sempre vai existir demanda, com crise ou sem crise”, afirmou o gestor, que garante que para a próxima edição mais empresas deverão participar da Gulfood. “Muita gente já nos procurou. Vamos tentar fazer um estande maior em parceria com a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e a Câmara Árabe”, declarou.

“Mesmo com a crise de falta de crédito, que atingiu inclusive o setor de alimentos, a expectativa foi satisfatória, indicando que as empresas brasileiras devem necessariamente manter suas estratégicas nos países do Golfo”, afirmou o secretário-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby. Segundo ele, as companhias devem considerar que a partir do Golfo elas podem atingir outros mercados próximos, como Irã, Paquistão, Índia, Uzbequistão, Cazaquistão, entre outros que são grandes consumidores de produtos agroindustriais.

De acordo com Alaby, a feira também teve grande número de visitantes de países africanos árabes e não árabes. Os produtos que o secretário acredita que apresentam maiores potenciais na região são de leite, ovos naturais e industrializados, biscoitos, bolos, doces, queijos e mel. “Além dos já tradicionais, como café, açúcar e carnes”, acrescentou.

No estande brasileiro, quase todas as empresas fecharam negócios e pretendem voltar em 2010. Nos outros estandes brasileiros, como do Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), as companhias também fecharam negócios com produtos como guaraná, açaí e frutas cítricas. Também estavam presentes no evento, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), todas com a parceria da Apex.

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