1 de mar. de 2009

Dubai reexporta mais de US$ 1 bilhão em alimentos

Agência de Notícias Brasil-Árabe
No ano passado, a Câmara de Comércio e Indústria de Dubai emitiu 9,7 mil certificados de origem para empresas exportadoras da indústria alimentícia. Os produtos foram embarcados para 83 países.

Marina Sarruf, enviada especial marina.sarruf@anba.com.br

Dubai – As reexportações da indústria alimentícia de Dubai no ano passado somaram 4 bilhões de dirhans (US$ 1,1 bilhão), segundo a Câmara de Comércio e Indústria de Dubai divulgou nesta terça-feira (24) em um almoço no emirado para cerca de 200 empresários que participam da Gulfood, maior feira da indústria do Oriente Médio, que segue até quinta-feira (26).

A Câmara de Dubai emitiu 9,7 mil certificados de origem para companhias exportadoras do setor alimentício em 2008. Os produtos foram embarcados para 83 países, sendo o Irã o maior destino, com 48,8% das reexportações; seguido pelo GCC, bloco que engloba Arábia Saudita, Barhein, Catar, Kuwait, Omã e Emirados Árabes, com 33,7%, e em terceiro estão os outros países árabes fora do GCC, com 10,8%.
Marina Sarruf/ANBA Marina Sarruf/ANBA

De acordo com informações da Câmara de Dubai, a indústria de alimentos e bebidas está entre as mais bem posicionadas para aproveitar as vantagens de mercado tanto domesticamente como internacionalmente. A entidade acredita que os países árabes fora do GCC têm as melhores oportunidades para os produtores de alimentos. Há padrões de consumo similares nestes países e, além do mais, a proximidade deles os torna um mercado muito interessante.

Em discurso de apresentação, o diretor-geral da Câmara de Dubai, Hamad Buamim, disse que o mercado da indústria alimentícia no Oriente Médio movimenta US$ 30 bilhões por ano, sendo que US$ 12 bilhões são apenas no GCC. “Dubai é a porta de entrada para os negócios do mundo”, afirmou.
Marina Sarruf/ANBA Marina Sarruf/ANBA

Em relação à crise mundial, Nicholas Stadtmiller, do Departamento Executivo de Desenvolvimento de Negócios e Mercados da Câmara de Dubai, disse que o setor de alimentos é bem diferente dos outros. “Existe uma crise de crédito. Não podemos dar conselhos sobre isso, mas no setor de alimentos é diferente, as pessoas não vão parar de comer”, afirmou. Segundo ele, as empresas terão que investir mais na concorrência sem diminuir a qualidade do produto.

Stadtmiller disse ainda que em Dubai existem muitas vantagens para investir, principalmente pela boa infraestrutura e a proximidade com outros grandes mercados. Além disso, o emirado é responsável por 50% da produção de embalagem dos produtos importados, devido às grandes indústrias de polietileno e alumínio, “o que torna vantajoso para as empresas exportarem para cá”, acrescentou.

Ele também falou das oportunidades da formação de joint-ventures com empresas do GCC e citou como exemplo a parceria do laticínio saudita Almarai, que também produz sucos, com a PepsiCo, que juntas formaram a International Dairy and Juice.

O almoço oferecido pela Câmara de Dubai contou com a participação de representantes de 31 países. Do Brasil, participaram o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby; a gerente de marketing Andréa Monteiro, e a coordenadora do Departamento de Comércio Exterior da entidade, Francisca Barros; o diretor de promoção internacional de agronegócio do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio Marques, e o consultor de política do ministério, Danilo Gennari.

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