1 de mar. de 2009

Serra fala sobre investimentos em Abu Dhabi

Agência de Notícias Brasil-Árabe
O governador de São Paulo, José Serra, esteve com uma comitiva no emirado para convidar os empresários árabes a investir em projetos de infraestrutura, alimentos e energia no estado.

Marina Sarruf, enviada especial marina.sarruf@anba.com.br

Abu Dhabi – Uma comitiva de São Paulo, liderada pelo governador José Serra, esteve nesta quinta-feira (26) em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, para apresentar as oportunidades de investimentos no estado. Os principais setores apresentados foram os de infraestrutura, alimentos e energia. “Vir para Abu Dhabi é uma oportunidade de aproximar as relações entre as duas regiões”, afirmou o governador.
Marina Sarruf/ANBA Marina Sarruf/ANBA

Mais de 50 empresários foram ao seminário


O seminário, que reuniu mais de 50 empresários árabes e brasileiros, foi organizado pela Federação das Indústrias do Estando de São Paulo (Fiesp) com o apoio de diversas entidades brasileiras. “O evento foi muito importante para despertar a atenção dos árabes sobre o Brasil, que é muito pouco conhecido. Acho que o país surpreende com seus números, com a pujança de algumas áreas, principalmente no agronegócio, na produção de alimentos e de energia, e investimentos em infraestrutura”, afirmou o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Gianetti.

De acordo com ele, o seminário criou muito interesse, boas expectativas e desejo de visitar o Brasil. “Eles [os árabes] estão procurando investimentos alternativos, não querem só investir nos Estados Unidos e Europa. E o Brasil apresenta em São Paulo oportunidades de investimentos muito interessantes, com altas taxas de retorno, segurança e liberdade de entrada e saída de capital”, disse Gianetti, lembrando que no ano passado o país recebeu US$ 45 bilhões de investimentos estrangeiros diretos.

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Gianetti falou do etanol brasileiro
Durante as apresentações, os palestrantes falaram do potencial do estado de São Paulo, que tem uma população de 41,5 milhões de habitantes, é responsável por 23% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, 40% da produção industrial, 22% das importações brasileiras e 45% das exportações para o Mercosul. “São Paulo é o centro financeiro do Brasil”, afirmou Serra.

Segundo ele, o país tem 12 milhões de árabes e descendentes, sendo que a maioria vive em São Paulo. “Precisamos aumentar os nossos contatos entre Brasil e os Emirados Árabes para nos conhecermos melhor. Eu espero ver vocês em São Paulo para podermos discutir melhor seus interesses”, disse o governador.

No setor de energia, Gianetti defendeu o etanol brasileiro, afirmando que existem muitas oportunidades nesse segmento para investimentos. “O etanol não é competitivo ao petróleo, é complementar ao petróleo”, disse. O diretor afirmou ainda que o Brasil tem 45,8% do mercado de energia renovável e, além do etanol, o país tem experiência em energia solar e eólica. “Hoje, mais de 90% dos carros vendidos no Brasil são flex fuel, os consumidores não querem mais carros só à gasolina”, acrescentou.

No setor de alimentos, os palestrantes falaram das 200 milhões de cabeças de gado que o país possui, das 200 milhões de toneladas de carne exportada por ano, da grande capacidade de terras agricultáveis e das empresas e institutos tecnológicos para o melhoramento da agropecuária.

O secretário de Desenvolvimento e ex-governador paulista, Geraldo Alckmin, falou aos empresários dos grandes projetos de infraestrutura do estado, que deverão receber investimentos de mais de US$ 4 bilhões. “Os Emirados Árabes são a porta de entrada para o Oriente Médio e o interesse de São Paulo é procurar abrir novos mercados”, afirmou. Ele falou também da experiência de São Paulo em infraestrutura. “Nós damos há mais de 10 anos concessões de rodovias, um grande sucesso, e agora mostramos novos projetos de concessão de rodovias, inclusive o rodoanel, mais metrôs, aeroportos e terminais no Porto de São Sebastião”, disse.

Alckmin disse ainda que o estado é o maior exportador de álcool do mundo. “Então os polidutos também são investimentos importantes em infraestrutura”, concluiu.

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