28 de mar. de 2009

Sabor da Amazônia chega à culinária de Brasília

Chefs de Brasília criam pratos à base de Pirarucu para avaliar a qualidade da carne do peixe; dados serão repassados para o Projeto Integrado de Desenvolvimento do Pirarucu da Amazônia...

Chef Maria de Fátima Hamu prepara três diferentes receitas com o peixe

Brasília - Chefs de cozinha de Brasília (DF) testam, até o fim desta semana, um dos peixes símbolos da bacia amazônica, o pirarucu. A idéia é que eles tenham contato com a carne do peixe criado em cativeiro e possam utilizá-la em diferentes pratos. Participam dessa degustação chefs de restaurantes como Lagash, Peixe na Rede, Calaf, Grande Muralha e Carpe Diem.

A iniciativa faz parte do Projeto Integrado de Desenvolvimento do Pirarucu da Amazônia, desenvolvido pelo Sebrae e realizado em seis estados do Norte do País: Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins. “O peixe fornecido para a degustação é proveniente das Unidades de Observação implantadas em diversas pisciculturas participantes do projeto”, explica José Altamiro da Silva, coordenador nacional do projeto.

Altamiro destaca que a degustação serve para que “após o preparo, os chefs emitam opinião sobre a carne, a facilidade ou não de preparo e a aparência do produto”. Para isso, o coordenador do projeto está aplicando questionários com esse público. “Essas respostas irão orientar o trabalho que estamos fazendo para toda a cadeia produtiva do pirarucu, desde a produção até o consumo”, conta.

Pratos

A primeira degustação em Brasília foi realizada no restaurante Lagash. Lá, a chef Maria de Fátima Hamu preparou três diferentes receitas com o pirarucu. Serviu primeiro uma ceviche, peixe marinado em suco de limão e acompanhado de molho à base de coalhada. O outro prato era uma receita africana cujo peixe assado recebe molho feito com curry, leite de coco e castanha-de-caju.

A chef também fez uma adaptação do prato Peixe Taratur, que é servido no restaurante Lagash. “Utilizei o pirarucu no lugar do robalo, peixe usado na receita original. Pelo resultado, a substituição agrada o paladar e não deixa nada a desejar na comparação com o prato que já temos no cardápio”, diz Fátima Hamu.

Nesse último prato, o peixe é cozido no vapor e depois vai para a chapa. É assado ao molho de gergelim, hortelã e nozes. O acompanhamento é o arroz alitria, que é cozido também com macarrão tipo cabelo-de-anjo.

Fátima Hamu gostou da experiência de utilizar pirarucu em suas receitas. Segundo ela, apesar de ser um peixe muito gordo, o cozimento no vapor consegue deixá-lo agradável na montagem dos pratos e com a retirada de um pouco da gordura, mas deixando-o ainda suculento. “Também gostei da carne firme”, destaca.

Nesse primeiro momento, a degustação é restrita a chefs de cozinha, donos de restaurantes e a um representante de um grande supermercado. Eles também responderão ao questionário sobre o peixe. Cinco capitais já realizaram a degustação do pirarucu: Belém (PA), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE) e Curitiba (PR).

Projeto

O objetivo do Projeto Integrado de Desenvolvimento do Pirarucu da Amazônia é buscar respostas como a melhor forma de engorda do peixe, o aumento de reprodução em cativeiro, formas de manejo e até mesmo verificar como seria sua comercialização. Essas informações serão disponibilizadas ao final do projeto para que produtores interessados em criar o peixe em cativeiro possam utilizar a melhor técnica.

Serviço:
Agência Sebrae de Notícias - (61) 3348-7138 e 2107-9362 www.agenciasebrae.com.br


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