Agência Indusnet Fiesp
Em seminário realizado nesta segunda-feira (2) na Fiesp, holandeses e brasileiros afirmam que ampliação da corrente comercial é saída mais indicada à turbulência financeira
A certeza de que a superação da crise econômica global se dará através da intensificação da troca comercial sem barreiras foi apontada por brasieliros e holandeses, nesta segunda-feira (2), durante o seminário Brasil-Países Baixos: Fortalecendo os Laços entres os Dois Países.
O evento acontece na sede da Fiesp e do Ciesp, na capital paulista, e conta com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do primeiro-ministro holandês, Jan Peter Balkenende.
"O comércio exterior favorece cada nação no aumento da demanda de seus produtos na geração de renda e emprego, e na capacidade de reversão da espiral recessiva que todos os países estão enfrentando de forma simultânea em menor ou maior escala", disse Roberto Giannetti, diretor-titular do Departamento de Comércio Exterior e Relações Internacionais da Fiesp.
Giannetti ponderou, contudo, que para ser uma arma de reação à crise o livre comércio depende da oferta de crédito para financiar as atividades das empresas. “É importante que os governos tomem consciência da necessidade de melhorar a liquidez do mercado, seja do crédito financeiro ou tributário”, indicou.
Já a ministra conselheira da embaixada do Reino dos Países Baixos em Brasília, Marijke van Drunen Littel, informou que os holandeses têm interesse em intensificar o relacionamento bilateral.
“Há 30 anos identificamos áreas que poderíamos trabalhas em parceria com o Brasil: meio ambiente, infraestrutura, transporte e logística, inclusive com incentivo à indústria naval”, declarou.
Após reunião diplomática na sede da Fiesp/Ciesp, Lula da Silva e Balkenende encerram o seminário.
Balança superavitária
O fluxo comercial entre os países triplicou na última década, saltando de US$ 3,5 bilhões, em 1998, para US$ 12 bilhões no ano passado. Em 2008, o lado brasileiro da balança ficou superavitário em US$ 9 bilhões, tendo vendido US$ 10,5 bilhões aos holandeses. Na contramão, as importações somaram US$ 1,5 bilhão.
Entre os produtos negociados pelo Brasil, destaques para derivados agroindustrializados de soja (US$ 2 bilhões) e químicos como álcool etílico e pasta de madeira (US$ 1,4 bilhão).
Os Países Baixos exportam principalmente querosene de aviação (US$ 181 milhões), óleo diesel (US$ 145 milhões) e medicamentos (US$ 65 milhões).
A corrente de investimentos estrangeiros diretos (IED) é mais vigorosa do lado holandês. Em 2008, o Brasil recebeu US$ 4,6 bilhões da Holanda, que se tornou o terceiro maior investidor, com 10,4% do total recebido.
No histórico recente das fusões empresariais, em 2004, a holandesa SHV - empresa de distribuição de petróleo - comprou 51% da brasileira Supergasbrás, por US$ 100 milhões. Em 2007, a Perdigão adquiriu a Plusfood Groep B.V. por US$ 39,7 milhões.
Nivaldo Souza, Agência Indusnet Fiesp
Em seminário realizado nesta segunda-feira (2) na Fiesp, holandeses e brasileiros afirmam que ampliação da corrente comercial é saída mais indicada à turbulência financeira
A certeza de que a superação da crise econômica global se dará através da intensificação da troca comercial sem barreiras foi apontada por brasieliros e holandeses, nesta segunda-feira (2), durante o seminário Brasil-Países Baixos: Fortalecendo os Laços entres os Dois Países.
O evento acontece na sede da Fiesp e do Ciesp, na capital paulista, e conta com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do primeiro-ministro holandês, Jan Peter Balkenende.
"O comércio exterior favorece cada nação no aumento da demanda de seus produtos na geração de renda e emprego, e na capacidade de reversão da espiral recessiva que todos os países estão enfrentando de forma simultânea em menor ou maior escala", disse Roberto Giannetti, diretor-titular do Departamento de Comércio Exterior e Relações Internacionais da Fiesp.
Giannetti ponderou, contudo, que para ser uma arma de reação à crise o livre comércio depende da oferta de crédito para financiar as atividades das empresas. “É importante que os governos tomem consciência da necessidade de melhorar a liquidez do mercado, seja do crédito financeiro ou tributário”, indicou.
Já a ministra conselheira da embaixada do Reino dos Países Baixos em Brasília, Marijke van Drunen Littel, informou que os holandeses têm interesse em intensificar o relacionamento bilateral.
“Há 30 anos identificamos áreas que poderíamos trabalhas em parceria com o Brasil: meio ambiente, infraestrutura, transporte e logística, inclusive com incentivo à indústria naval”, declarou.
Após reunião diplomática na sede da Fiesp/Ciesp, Lula da Silva e Balkenende encerram o seminário.
Balança superavitária
O fluxo comercial entre os países triplicou na última década, saltando de US$ 3,5 bilhões, em 1998, para US$ 12 bilhões no ano passado. Em 2008, o lado brasileiro da balança ficou superavitário em US$ 9 bilhões, tendo vendido US$ 10,5 bilhões aos holandeses. Na contramão, as importações somaram US$ 1,5 bilhão.
Entre os produtos negociados pelo Brasil, destaques para derivados agroindustrializados de soja (US$ 2 bilhões) e químicos como álcool etílico e pasta de madeira (US$ 1,4 bilhão).
Os Países Baixos exportam principalmente querosene de aviação (US$ 181 milhões), óleo diesel (US$ 145 milhões) e medicamentos (US$ 65 milhões).
A corrente de investimentos estrangeiros diretos (IED) é mais vigorosa do lado holandês. Em 2008, o Brasil recebeu US$ 4,6 bilhões da Holanda, que se tornou o terceiro maior investidor, com 10,4% do total recebido.
No histórico recente das fusões empresariais, em 2004, a holandesa SHV - empresa de distribuição de petróleo - comprou 51% da brasileira Supergasbrás, por US$ 100 milhões. Em 2007, a Perdigão adquiriu a Plusfood Groep B.V. por US$ 39,7 milhões.
Nivaldo Souza, Agência Indusnet Fiesp
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