17 de abr. de 2009

Na Líbia, mais contatos para empresas brasileiras

A participação da Câmara Árabe na Feira Internacional de Trípoli rendeu 90 contatos com empresários interessados em negociar com companhias do Brasil, principalmente de alimentos e construção.

São Paulo – A participação da Câmara de Comércio Árabe Brasileira na Feira Internacional de Trípoli, na Líbia, rendeu 90 novos contatos com empresários árabes interessados em negociar com empresas brasileiras. Os setores mais procurados foram os de alimentos e material de construção, desde cimento até produtos de decoração. Esta foi a 38ª edição da feira, que é multissetorial e aberta ao público.

O espaço montado pela Câmara Árabe na feira expôs produtos brasileiros dos setores de alimentos, calçados, têxtil e médico-hospitalar. Os empresários que passaram pelo estande ao longo de onze dias de feira – de 02 a 12 de abril - também puderam conferir produtos das empresas Oderich e Vapza, representadas pela trading Latinex, calçados da fabricante Grendene e material promocional da indústria de alimentos Perdigão.

Conforme a ANBA publicou no começo do mês, o primeiro contêiner dos calçados femininos, masculinos e infantis da Grendene chega a Líbia no final de abril. Para promover a marca no país, o representante local da empresa, Mohamed Salah, participou da feira de Trípoli. Salah tem 17 lojas de calçados na Líbia e está em negociação com a empresa brasileira desde o ano passado. Segundo ele, a idéia é expandir a marca brasileira, que ainda é pouco conhecida nos países do Norte África, no mercado líbio. A Grendene também mantém representantes no Egito, Tunísia e Argélia.

De acordo com Filipe Ferraz, analista de marketing da Câmara Árabe, o estande recebeu a visita de empresários jordanianos, egípcios e, principalmente, líbios. Entre os visitantes, destaque para um empresário interessado em contatar empresas brasileiras dispostas e investir na construção de portos, e para outro procurando por empresas que possam virar parceiras no desenvolvimento de projetos de construção civil. Também passaram pelo estande empresários interessados em material elétrico e parcerias na área de turismo.

Além disso, Ferraz e André Caserta, assistente de comércio exterior da Câmara Árabe, voltam para casa com uma lista contendo 350 contatos de empresas líbias, além de informações sobre leis de importação e exportação para orientar os empresários brasileiros sobre a melhor maneira de negociar com o país. O material foi fornecido pela Libyan Businessmen Council, associação local de homens de negócios.

“Na volta ao Brasil vamos passar o contato das empresas importadoras e exportadoras para o cadastro de empresas do Departamento de Comércio Exterior, checar as informações fornecidas pelos empresários e, em seguida, intermediar contatos com empresas brasileiras que tenham o perfil procurado”, explica Filipe.

As relações comerciais entre brasileiros e líbios têm registrado crescimento nos últimos anos. Em 2008, as exportações brasileiras para a Líbia renderam US$ 373 milhões, o que representou um aumento de 56% em relação a 2007. Minério de ferro, carne bovina, açúcar, gás buteno, milho, granito e café foram os principais produtos embarcados em 2008. Já as importações brasileiras da Líbia no ano passado somaram US$ 1,4 bilhão, contra US$ 997,6 milhões em 2007. Petróleo e naftas para petroquímica são os maiores responsáveis pelo déficit, para o Brasil, na balança comercial entre os dois países.



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