15 de abr. de 2009

Atenção empresários! Vocês sabem o que é o BITEC?

O Projeto BITEC, “Bolsas IEL-SEBRAE-CNPq - de Apoio Tecnológico às Micro e Pequenas Empresas”, é proposto para realizar-se em duas edições seguidas com o objetivo geral de contribuir para o elevar a competitividade de micro e pequenas empresas brasileiras, individualmente e para aquelas organizadas em cadeias produtivas, pelo oferecimento de bolsas para estudantes de graduação atuarem diretamente nas empresas com orientação de professores universitários, na pesquisa ou proposta de soluções para problemas identificados pelas empresas...
O Projeto foi formatado para ser desenvolvido em 2 edições seguidas, de 12 meses cada uma, com etapas de divulgação, seleção dos participantes, recebimento, análise e aprovação dos planos de trabalho e avaliação, a serem cumpridas pelo IEL, SEBRAE e CNPq e parceiros regionais. O período de atuação dos estudantes nas empresas permanece em 6 meses, sendo mantidas, também, a premiação e a avaliação final.
A presente proposta mantém a operação do Projeto em todos os Estados brasileiros, por meio da rede de Regionais do IEL e SEBRAE, que, em conjunto e sob a coordenação nacional do IEL, se encarregarão da divulgação e seleção de estudantes, professores e empresas interessados em participar, prestando o adequado acompanhamento técnico, necessário ao bom andamento dos trabalhos. Nesse sentido, o fluxo permanente de informações deverá garantir o completo alcance dos objetivos.
Em relação, ainda, à sua operação, esta proposta introduz mecanismos de gestão mais afinados com a abrangência desta versão do projeto, que amplia o número de bolsas, incorpora os APL’s em seu atendimento e adota orientação supervisionada em seu escopo. O público alvo do projeto são as empresas de micro e pequeno portes pertencentes a arranjos produtivos locais, em particular aos de confecção, madeira/moveleiro e de calçados e também a cadeia produtiva da ovinocprinocultura da Região Nordeste. Entretanto, serão acatadas propostas que favoreçam outros APL’s de Regiões onde não haja a ocorrência dos supracitados.
A presente edição do Projeto BITEC visa atingir diretamente as micro e pequenas empresas brasileiras, clientes permanentes dos projetos implementados pela parceria IEL-SEBRAE, bem como os arranjos produtivos locais, já definidos. A expectativa é de que, seus resultados contribuam para que as empresas participantes, em curto espaço de tempo, identifiquem novas possibilidades de atuação no mercado pelo acesso aos conhecimentos e instrumental disponíveis nas instituições de ensino superior, implementem ou aperfeiçoem seus processos ou produto, contribuindo para o fortalecimento dos processos locais de desenvolvimento, da auto-sustentação e da cooperação.
Pesquisas de novos produtos ou processos poderão subsidiar as empresas no acesso ao conhecimento e proporcionar desde mudanças organizacionais até a incorporação de novas tecnologias. A variedade e a abrangência dos temas propostos e a simplicidade da metodologia possibilitam que o Projeto beneficie igualmente empresas bem estruturadas como outras, menos organizadas.

Contribuição para o desenvolvimento da área/segmento

As Bolsas BITEC tem desempenhado um importante papel no desenvolvimento dos pequenos negócios e na interação entre Universidade e o setor produtivo. Nas últimas edições, percebemos um aumento gradual dos setores atendidos e uma maior amplitude das ações, passando pelos setores tradicionais até aos novos e promissores setores tais como Agronegócios, Biotecnologia, Design, dentre outros.
Os setores tradicionais ainda são a maioria nos projetos. Os segmentos de cerâmica, Telecomunicações, Construção Civil, Confecções, Alimentos, Madeira e Móveis, Tecnologia da Informação, Gráfico, Eletroeletrônico, Têxtil, Plástico, dentre outros priorizam as ações de melhoria do processo e desenvolvimento de soluções para problemas tecnológicos.
Os setores e segmentos apoiados, caracterizam-se pela diversidade e os novos setores já dispões de uma demanda significativa. Abaixo uma pequena relação e suas localidades:

AGRONEGÓCIOS: Segmento que vem sendo destaque durante o Projeto, trabalhou na última versão em:
- Produção de Açaí;
- Processamento de Alimentos;
- Laticínios e desenvolvimento de novos produtos;
- Produção de Camarão em cativeiro;
- Pesca;
- Desenvolvimento de Produtos farináceos;
- Novas Técnicas de Cultivo do café;
- Mel e Própolis (Novos Produtos);
- Bovinos e outras criações (Caprinos, principalmente pelas ações do SEBRAE);
- Fruticultura.
Além destes setores muitos outros foram agraciados nos estados de Minas Gerais, Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás,Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte,Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
BIOTECNOLOGIA:
- Testes de DNA;
- Ações e Projetos na Ovinocraprinocultura;
- Fabricação de Rações;
- Perfumaria e Cosméticos;
- Fármacos;
- Aditivos de Uso Industrial;
- Cultivo de Flores para exportação;

CONSERVAÇÃO DE ENERGIA: desenvolvimento de Produtos e soluções para a diminuição do consumo de energia elétrica.

CADEIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL: Em desenvolvimento de novos produtos, aperfeiçoamento da extração de pedras de revestimento e edificações.

DESIGN:
- Desenvolvimento de novos produtos;
- Material gráfico e publicitário;
- Webdesign;
- Móveis;
- Bens de Capital;
- lapidação de Pedras e fabricação de jóias.

GESTÃO DA QUALIDADE E CERTIFICAÇÕES: Implantação de programas da qualidade e preparação para a certificação. Além de organização geral e normatização.

TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO:
- Criação de sites;
- Desenvolvimento de softwares de gestão e de produção.

GESTÃO ORGANIZACIONAL: Em projetos de organização administrativa e financeira das empresas.
Somam-se a estas ações, os trabalhos relacionados a Saúde e Segurança no Trabalho e Preservação Ambiental, que atualmente é uma das áreas que mais observamos crescimento nos atendimentos.
Outro ponto a destacar é o apoio da BITEC às Incubadoras de Base Tecnológica em todo o Brasil. Geralmente as empresas se utilizam dos bolsistas para integrarem as equipes de desenvolvimento e também para suprir as deficiências na gestão geral dos empreendimentos. Para as empresas residentes, torna-se estratégia fundamental de alocação de mão de obra especializada e a um custo baixíssimo. A entrada do estudante e do professor orientador, também abre às portas da Universidade na utilização de laboratórios de outros serviços que apóiam as empresa incubadas e auxiliam no desenvolvimento as tecnologias inovadoras.

Transferência de tecnologia para o setor produtivo
A ação do projeto BITEC é mais uma das ferramentas de apoio ao desenvolvimento tecnológico no Brasil. A inserção dos estudantes (agentes de transformação) junto aos seus professores,abrem um caminho interessante na parceria entre o setor produtivo e o acadêmico. Diversos projetos utilizam de estrutura intelectual e física das Universidades e incorporam novas tecnologias no seu dia a dia.
Todos os projetos BITEC caracterizam-se pela transferência de tecnologia em vários níveis. Desde as informações mais primárias que são utilizadas para a melhoria dos processos, e apoio à fabricação de produtos já tradicionais, quanto às informações e projetos de maior teor tecnológico como as inovações.

Impacto qualitativo para a Instituição
É sentido pelo acompanhamento do IEL Nacional aos estados, que o Programa causa um impacto extremamente positivo para as instituições de Ensino. Atualmente se procurarmos na Internet notícias da BITEC, vamos nos surpreender pela quantidade de informações, entrevistas, trabalhos sobre os atendimentos. Anexado a este relatório, enviamos uma série de reportagens sobre a BITEC e sua importância para alunos e professores, pelo seu caráter inovador, criativo e de resultados práticos para todos os envolvidos.
Ainda tivemos nestes últimos anos, um grande interesse das rádios, TVs e jornais do Brasil inteiro, o que consolida o Programa BITEC como uma experiência de sucesso

Melhoria do nível de qualificação da equipe técnica
Foram observadas que durante o Programa que os alunos e professores assimilaram questões importantes sobre o setor produtivo, melhorando o entendimento da Academia sobre os problemas e as oportunidades das empresas. Isso gera uma melhoria considerável na qualificação dos atores e uma melhor preparação para o mundo do trabalho e para a disseminação da cultura empreendedora no Brasil.

Absorção dos bolsistas DTI
Não existem indicadores claros sobre a absorção dos estudantes nas empresas, mas podemos afirmar que uns bons números de estudantes recebem propostas para continuar na empresa após as bolsas, inclusive para terminar os projetos, pois uma das maiores reclamações das empresas, professores e alunos se referem ao curto prazo (6 meses) de conclusão dos trabalhos. Estas reclamações são em maior número nos projetos de inovação, pois são projetos com um tempo maior de pesquisa, desenvolvimento e maturação das idéias.
Junto à BITEC o IEL desenvolve mais 2 programas de bolsas. Um é relacionado com a Gestão. A Bolsa de Gestão Empresarial, disponibilizou na versão piloto, 100 bolsas para 10 arranjos produtivos em 10 estados. O índice de contratação dos estudantes pelas empresas, bateu a casa dos 34%. Já as Bolsas de Apoio às Exportações, em parceria com a APEX, começa a ter altos índices de contratação dos bolsistas.
Para a mensuração destes indicadores é necessário criar um mecanismo de checagem para termos ao final da versão anual, o número correto de alunos aproveitados.
Finalmente atestamos que uma das características da Bolsa BITEC é a formação de ¨Agentes de Mudança¨. Estes jovens passam por uma experiência extremamente rica e por muitas vezes não aceitam ser contratados nas empresas, preferindo continuar suas vidas profissionais em outros ambientes ou na criação de negócios próprios.
Acompanhando a execução e a finalização das bolsas nos estados (tivemos a oportunidade de acompanhar em quase todos), percebemos a importância da ação e sempre recebemos palavras de incentivo para a sua continuidade.
Podemos afirmar que o Programa BITEC, atualmente, é um dos instrumentos mais famosos, expressivos e consolidados no ambiente de desenvolvimento tecnológico brasileiro.



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