23 de mar. de 2009

Egito e Kuwait vão comprar mais móveis em 2009

Os dois estão entre os cinco países que terão crescimento superior a 3% no consumo de móveis neste ano, segundo estudo italiano. O Brasil vai buscar sua fatia neste mercado, de acordo com a Abimovel.
Isaura Daniel isaura.daniel@anba.com.br
São Paulo – O Egito e o Kuwait estão entre os poucos países do mundo que apresentarão crescimento no mercado de móveis neste ano. De acordo com um estudo do instituto italiano de pesquisas Centre for Industrial Studies (Csil), chamado World Furniture Outlook, apenas China, Índia, Rússia, Egito e Kuwait apresentarão crescimento no consumo de mobiliário superior a 3% em 2009. E o Brasil vai buscar o seu espaço no mercado dos países árabes neste ano, de acordo com o presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimovel), José Luiz Dias Fernandez...

Indústrias querem diversificar mercados
“Não temos negócios com o Egito, mas temos com o Kuwait, através da nossa participação na feira de Dubai, a Index”, afirma Fernandez. As empresas brasileiras costumam expor na Index, feira do setor de móveis e decoração que ocorre todos os anos, nos Emirados Árabes Unidos. Neste ano, a mostra tem data prevista para 14 a 17 de novembro. De acordo com o presidente da Abimovel, um dos objetivos a indústria de móveis brasileira, no primeiro semestre deste ano, considerado de recuperação, é justamente buscar novos mercados. Nesta meta, se encaixam os países árabes.

A intenção é fazer com que o setor se recupere após enfrentar um período difícil, motivado pela crise econômica internacional, no final do ano passado. Além de garimpar novos clientes no exterior, o setor também está investindo em design. Tudo para tomar mais fôlego, diante da crise, e garantir recuperação de vendas no segundo semestre deste ano.

A maioria das vendas de móveis do Brasil para o mundo árabe ocorre via Dubai, segundo Fernandez. Por isso mesmo, as indústrias do segmento pretendem abrir, no emirado árabe, um showroom com exposição permanente de móveis no bairro de Jumeirah. O assunto vem sendo discutido com a Agência de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex). De acordo com Fernandez, a intenção é que o showroom seja multissetorial e abrigue, além de móveis, material de construção, como mármores e granitos, de decoração e artesanato. Também haveria um espaço separado para exposição de metais.

Apesar da crise que atingiu o setor no final de 2008, a indústria de móveis brasileira conseguiu aumentar as suas exportações no ano passado. O faturamento do setor com vendas no mercado externo passou de US$ 988 milhões em 2007 para US$ 1,5 bilhão no ano passado. No mundo todo, o comércio de móveis cresceu 4% em 2008 sobre o ano anterior, de acordo com dados do Csil. O estudo do instituto italiano indica, no entanto, que o mercado mundial ficará estagnado em 2009. A previsão é de queda de demanda em vários mercados, entre eles Estados Unidos e França. No Brasil deve haver aumento de 1%.



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