10 de mar. de 2009

Em janeiro, produção industrial avança em 8 dos 14 locais pesquisados

Entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, os índices regionais da produção industrial ajustados sazonalmente avançaram em 8 dos 14 locais pesquisados, com destaque para Paraná (6,8%), Pernambuco (6,4%), Santa Catarina (5,0%) e Rio Grande do Sul (3,6%), onde o crescimento foi acima da média nacional (2,3%). Os demais locais com taxas positivas nesse confronto foram São Paulo (2,2%), Minas Gerais (2,1%), região Nordeste (2,0%) e Pará (1,1%). Entre as áreas que reduziram a produção destacaram-se, com as quedas mais elevadas, Amazonas (-5,5%) e Espírito Santo (-4,6%).

Na comparação janeiro 09/ janeiro 08, entretanto, os índices regionais registraram queda generalizada, refletindo a ampliação do recuo na atividade industrial nacional – para o total do país, houve queda de 17,2% nessa comparação. Entre as áreas com taxas negativas mais acentuadas, figuraram Espírito Santo (-33,2%), Minas Gerais (-28,9%), Amazonas (-23,1%), Rio Grande do Sul (-20,3%) e São Paulo (-18,0%). Também com resultados negativos, porém acima da média nacional, ficaram Ceará (-5,3%), Goiás (-7,3%), Pará (-7,5%), Pernambuco (-7,5%), Paraná (-8,4%), região Nordeste (-10,7%), Santa Catarina (-11,6%), Rio de Janeiro (-13,0%) e Bahia (-16,8%).

Todos os resultados regionais para o primeiro mês de 2009 ficaram bem abaixo dos índices para o quarto trimestre de 2008, ambos frente a igual período do ano anterior. A desaceleração foi mais intensa no Amazonas, onde a taxa passou de -4,6% no quarto trimestre de 2008 para -23,1% em janeiro, Minas Gerais (de -12,9% para -28,9%) e Espírito Santo (de -18,6% para -33,2%).

Os sinais de desaceleração também ficam evidentes no acumulado nos últimos 12 meses, que também apontou perda de ritmo entre setembro de 2008 e janeiro deste ano em todos os locais pesquisados, com destaque para Espírito Santo (de 14,1% para 1,7%), Minas Gerais (de 7,2% para -1,6%), Amazonas (de 8,3% para 0,7%), Rio Grande do Sul (de 6,1% para 0,1%) e São Paulo (de 8,8% para 2,8%).

AMAZONAS

Em janeiro, o setor industrial do Amazonas recuou 5,5% frente ao mês anterior1, após ter crescido 1,3% entre novembro e dezembro. A média móvel trimestral apresentou a quarta taxa negativa (-4,3%), acumulando queda de 11,0% entre outubro e janeiro.

Em relação a janeiro de 2008, a redução foi de 23,1%, terceira queda consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior e menor taxa da série histórica, iniciada em 2002. O resultado negativo foi explicado pelos decréscimos em 8 dos 11 setores pesquisados, com destaque para outros equipamentos de transporte (-62,5%), onde férias coletivas foram determinantes para a redução na fabricação de motocicletas e suas peças e acessórios; e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-33,3%), onde sobressaíram os recuos de telefones celulares e rádios. Os principais impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (13,8%) e máquinas e equipamentos (2,5%).

O índice mensal de janeiro (-23,1%) ficou bem abaixo daquele para o quarto trimestre de 2008 (-4,6%). Esse movimento foi verificado em sete ramos, tendo sido mais intenso em outros equipamentos de transporte (de -5,0% para -62,5%); e material eletrônico e equipamentos de comunicações (de -9,8% para -33,3%).

acumulado nos últimos 12 meses, em trajetória descendente desde setembro do ano passado (8,3%), atingiu em janeiro taxa de 0,7%, sua marca mais baixa desde setembro de 2007 (0,5%).

PARÁ

A indústria paraense avançou 1,1% em janeiro, na comparação com dezembro de 2008, após ter recuado por dois meses, período em que acumulou perda de 11,3%. A média móvel trimestral recuou 3,7% entre janeiro e dezembro, acentuando a trajetória descendente observada desde novembro de 2008 e acumulando perda de 7,9% nesse período.

Frente a janeiro de 2008, a queda de 7,5% foi a segunda consecutiva nessa comparação e a menor taxa da série, iniciada em 2002. O resultado pode ser explicado pelos decréscimos em quatro das seis atividades pesquisadas, sobressaindo o setor extrativo (-19,5%) e de madeira (-51,5%). O principal impacto positivo veio da metalurgia básica (29,8%).

A taxa mensal de janeiro (-7,5%) ficou bem abaixo do índice do quarto trimestre de 2008 (1,6%). Esse movimento ocorreu em quatro atividades, tendo sido mais intenso na extrativa mineral, que passou de -3,9% para -19,5%, e em madeira (de -36,1% para -51,5%).

A taxa acumulada nos últimos 12 meses, em trajetória descendente desde novembro passado, atingiu 4,4% em janeiro.

NORDESTE

Em janeiro, a produção industrial do Nordeste avançou 2,0% em relação ao mês imediatamente anterior, após ter caído por três meses consecutivos, período em que acumulou perda de 12,7%. A média móvel trimestral, em trajetória descendente desde outubro de 2008, recuou 2,4% em janeiro.

No confronto com o mesmo mês do ano passado, a indústria nordestina recuou 10,7%, menor taxa desde maio de 1995 (-14,0%). A queda refletiu as taxas negativas em 8 dos 11 setores pesquisados, com o principal impacto vindo de produtos químicos (-29,7%) e, em menor medida, de metalurgia básica (-26,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (-10,5%). Por outro lado, as indústrias têxtil (13,3%), de celulose e papel (2,1%) e extrativa mineral (1,2%) exerceram pressões positivas.

Entre o quarto trimestre de 2008 (-5,2%) e janeiro de 2009 (-10,7%), houve desaceleração em nove segmentos. O movimento foi mais intenso em produtos químicos (de -19,5% para -29,7%), metalurgia básica (de 0,3% para -26,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (de -2,0% para -10,5%).

No acumulado nos últimos 12 meses, a trajetória é descendente desde setembro de 2008 (4,4%), atingindo 0,1% em janeiro.

CEARÁ

A produção industrial cearense caiu 0,8% em janeiro, na comparação com dezembro. Foi a terceira taxa negativa consecutiva, acumulando retração de 8,3% desde novembro de 2008. A média móvel trimestral recuou 2,9% entre dezembro e janeiro, terceira redução seguida, acumulando decréscimo de 6,6%.

Na comparação com janeiro de 2008, houve recuo de 5,3%, o terceiro consecutivo nesse confronto. Para a formação da taxa, contribuíram negativamente oito das dez atividades industriais, com destaque para calçados e artigos de couro (-21,1%). Vale citar também as retrações em alimentos e bebidas (-8,9%) e metalurgia básica (-45,2%). O maior impacto positivo veio de têxtil (36,9%), devido à maior fabricação de tecidos de algodão, influenciada por uma base de comparação baixa, por conta de férias coletivas em importante empresa em janeiro de 2008.

A indústria do Ceará também perdeu dinamismo na passagem do quarto trimestre de 2008 (-1,3%) para o primeiro mês de 2009 (-5,3%). Esse movimento ocorreu em oito dos dez ramos, com destaque para alimentos e bebidas (de 6,5% para -8,9%); produtos químicos (de 21,9% para -5,3%) e metalurgia básica (de 3,6% para -45,2%).

A taxa acumulada em 12 meses (2,2%) manteve a trajetória decrescente iniciada em setembro de 2008 (3,8%).

PERNAMBUCO Em Pernambuco, a produção industrial de janeiro foi 6,4% maior que a de dezembro, após ter recuado por três meses consecutivos, acumulando queda de 10,9% nesse período. A média móvel trimestral assinalou a terceira taxa negativa (-0,7%), acumulando perda de 5,5% entre outubro e janeiro.

Em relação a janeiro de 2008, a indústria pernambucana recuou 7,5%, refletindo o desempenho negativo de 8 dos 11 setores pesquisados. As principais pressões negativas vieram de produtos químicos (-21,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-61,9%) e borracha e plástico (-38,1%). Por outro lado, as influências positivas vieram de refino de petróleo e produção de álcool (13,1%), têxtil (47,3%) e produtos de metal (5,0%).

O índice mensal de janeiro (-7,5%) foi menor que o do quarto trimestre de 2008 (-2,5%). Nove ramos reduziram o desempenho, com destaque para borracha e plástico (de -0,5% para -38,1%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (de -22,0% para -61,9%); e metalurgia básica (de 9,0% para -2,2%).

O acumulado nos últimos 12 meses, em trajetória descendente desde outubro do ano passado, atingiu 2,2% em janeiro, sua marca mais baixa desde novembro de 2005 (2,1%).

BAHIA

Em janeiro, a produção industrial da Bahia recuou 0,2% em relação ao mês imediatamente anterior, quinta taxa negativa consecutiva, acumulando retração de 20,3%. A média móvel trimestral caiu 5,8% entre dezembro e janeiro, registrando o quarto recuo seguido, com perda acumulada de 13,7% no período.

Frente a janeiro de 2008, houve recuou de 16,8%, quarta taxa negativa consecutiva. Para esse resultado, contribuíram negativamente cinco dos nove setores industriais pesquisados, com destaque para produtos químicos (-34,8%), seguido por metalurgia básica (-44,3%), refino de petróleo e produção de álcool (-14,9%) e veículos automotores (-28,4%). Os principais impactos positivos vieram de alimentos e bebidas (10,6%) e de indústrias extrativas (9,1%).

O resultado de janeiro (-16,8%) foi bem inferior ao do quarto trimestre de 2008 (-5,4%). Essa perda de dinamismo foi observada em cinco dos nove setores, com destaque para metalurgia básica (de 3,5% para -44,3%); produtos químicos (de -21,8% para -34,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (de -2,5% para -14,9%).

Nos últimos 12 meses, o acumulado ainda mostrou crescimento de 0,9%, mas segue em trajetória decrescente desde setembro de 2008 (5,1%).

MINAS GERAIS

O setor industrial mineiro avançou 2,1% em janeiro frente a dezembro, interrompendo uma sequência de cinco taxas negativas, quando acumulou perda de 31,8%. A média móvel trimestral, entretanto, segue em queda e registrou a quinta taxa negativa (-10,6%), com perda de 25,5% entre agosto e janeiro.

Na comparação com janeiro do ano passado, o recuo foi de 28,9%, terceiro consecutivo, refletindo as pressões negativas da indústria de transformação (-25,7%) e da indústria extrativa (-46,6%). Nesta última, que exerce a segunda principal contribuição negativa no índice global, sobressaiu a redução na extração de minérios de ferro, decorrente da queda acentuada na demanda internacional após setembro de 2008. Na indústria de transformação, entre as dez atividades em queda, os destaques foram para metalurgia básica (-50,0%), veículos automotores (-29,3%), máquinas e equipamentos (-66,7%) e outros produtos químicos (-34,7%). A pressão positiva mais relevante veio de alimentos (8,0%).

O índice mensal de janeiro (-28,9%) ficou bem abaixo do registrado no quarto trimestre de 2008 (-12,9%). Esse movimento ocorreu na maioria dos ramos, à exceção de alimentos e veículos automotores. As perdas de ritmo mais intensas foram na metalurgia básica (de -14,5% para -50,0%); e na

indústria extrativa (de -24,1% para -46,6%).

A taxa acumulada nos últimos 12 meses, ao registrar retração de 1,6%, interrompeu um ciclo de seis anos de crescimento e chegou à marca mais baixa desde os -2,6% de outubro de 2002.

ESPÍRITO SANTO Em janeiro, a produção industrial do Espírito Santo recuou 4,6% frente a dezembro de 2008, quinta queda consecutiva nesse tipo de comparação, acumulando perda de 34,9% desde agosto do ano passado. Com esse resultado, a média móvel trimestral caiu 11,0% em janeiro, mantendo a trajetória descendente iniciada em junho de 2008 (-0,8%) e acumulando perda de 31,2% nesse período.

Frente a janeiro do ano passado, o setor industrial capixaba sofreu redução de 33,2%, a queda mais intensa entre as 14 regiões pesquisadas e o pior resultado para o estado desde o início da pesquisa (janeiro de 1991). Entre as cinco atividades pesquisadas, apenas celulose e papel (5,5%) teve crescimento, explicada pelo aumento na produção de celulose. Por outro lado, as indústrias extrativas (-62,5%) e a metalurgia básica (-42,7%) foram as principais contribuições negativas.

Na passagem do último trimestre do ano passado (-18,6%) para janeiro deste ano (-33,2%), três das cinco atividades mostraram desaceleração, com as perdas mais intensas nos setores extrativo (de -10,8% para -62,5%) e de metalurgia básica (de -37,5% para -42,7%).

O acumulado nos últimos 12 meses registrou expansão de 1,7% em janeiro, confirmando a trajetória descendente iniciada em setembro (14,1%).

RIO DE JANEIRO A indústria do Rio de Janeiro mostrou queda de 1,6% em janeiro frente a dezembro de 2008, acumulando em quatro meses de taxas negativas uma perda de 13,4%. Com isso, a média móvel trimestral, após recuar 4,1% em dezembro, teve ligeira aceleração no ritmo de queda em janeiro (-4,4%).

Na comparação contra igual mês do ano anterior, também houve recuo (-13,0%), o maior desde maio de 2005 (-26,9%), com destaque para a contribuição negativa da indústria de transformação (-18,6%), uma vez que o setor extrativo permaneceu em expansão (10,8%). Na indústria de transformação, que registrou o quarto resultado negativo consecutivo, 11 dos 12 segmentos assinalaram redução na produção, destacando-se a metalurgia básica (-44,9%), reflexo de paralisações técnicas e concessão de férias coletivas em empresa do setor. Em seguida, vale citar as influências negativas de veículos automotores (-26,8%), bebidas (-19,6%), minerais não-metálicos (-24,5%), outros produtos químicos (-16,8%) e alimentos (-17,4%). A indústria farmacêutica (8,9%) teve o único resultado positivo, em razão sobretudo da baixa base de comparação, por conta principalmente da concessão de férias coletivas em importantes empresas do setor em janeiro de 2008.

A queda de 13,0% em janeiro ficou bem abaixo do índice do quarto trimestre de 2008 (-3,7%). A perda de dinamismo atingiu 11 dos 13 ramos, com destaque para metalurgia básica (de -25,5% para -44,9%), minerais não-metálicos (de 10,4% para -24,5%) e veículos automotores (de -2,6% para -26,8%).

No acumulado nos últimos 12 meses, a indústria fluminense teve crescimento nulo (0,0%), desacelerando frente a dezembro (1,5%) e mantendo trajetória descendente desde setembro do ano passado (3,5%). Nessa comparação, o destaque ficou com a indústria de transformação, em queda desde outubro de 2008 (4,1%) e que chegou em janeiro de 2009 com taxa de -1,5%.

SÃO PAULO Em janeiro, a produção industrial de São Paulo aumentou 2,2% frente a dezembro, após três taxas negativas consecutivas, com perda acumulada de 19,0%. A média móvel trimestral, em queda desde setembro, recuou 6,0% entre dezembro e janeiro, acumulando queda de 13,9% nos últimos cinco meses.

Em relação a janeiro de 2008, o recuo foi de 18,0%, terceiro consecutivo nesse confronto, alcançando a taxa mais baixa de toda série histórica. A queda foi generalizada entre os setores (19 dos 20), com destaque para veículos automotores (-33,7%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (-62,7%) e máquinas e equipamentos (-29,7%). No primeiro segmento, que apresentou a terceira taxa negativa após 19 meses de aumento, a concessão de férias coletivas em várias empresas contribuiu para a redução na fabricação de automóveis, enquanto nos outros dois ramos sobressaíram os decréscimos em equipamentos para telefonia celular e telefones celulares, e em máquinas para colheita, respectivamente. Outros equipamentos de transporte (96,6%) foi o único segmento que aumentou a produção, puxado pela fabricação de aviões.

O índice mensal de janeiro (-18,0%) ficou bem abaixo do observado no quarto trimestre de 2008 (-4,4%). Esse movimento ocorreu em 14 ramos, sendo mais intenso em veículos automotores (de -13,8% para -33,7%); farmacêutica (de 20,4% para -15,9%); máquinas e equipamentos (de -8,9% para -29,7%); e material eletrônico e equipamentos de comunicações (de -22,6% para -62,7%).

O acumulado nos últimos 12 meses, em trajetória descendente desde agosto, recuou de dezembro (5,2%) para janeiro (2,8%), atingindo sua marca mais baixa desde março de 2007 (2,7%). Desde setembro do ano passado, esse indicador perdeu 6,0 pontos percentuais.

PARANÁ A produção industrial do Paraná cresceu 6,8% em janeiro, frente a dezembro, após ter caído por dois meses, acumulando perda de 13,7% nesse período. Com isso, a média móvel trimestral (-2,8%) reduziu o ritmo de queda em relação ao mês anterior (-4,4%).

Em relação a janeiro de 2008, o recuo de 8,4% foi o segundo consecutivo nesse confronto, com 10 das 14 atividades pesquisadas em queda. Veículos automotores (-45,8%), alimentos (-22,6%), máquinas e equipamentos (-19,8%) e madeira (-33,3%) exerceram os principais impactos negativos. Edição e impressão (125,6%) respondeu pela maior pressão positiva, explicada pelo aumento de encomendas de livros brochuras ou impressos didáticos, para atender ao início do ano letivo.

A taxa mensal de janeiro (-8,4%) ficou abaixo do índice do quarto trimestre de 2008 (1,0%), movimento observado em dez atividades e mais intenso em veículos automotores (de -3,4% para -45,8%); alimentos (de -3,2% para -22,6%); e refino de petróleo e produção de álcool (de 13,2% para -9,7%).

O indicador acumulado nos últimos 12 meses, em queda desde novembro de 2008, atingiu 6,4% em janeiro, sua marca mais baixa desde setembro de 2007 (6,2%).

SANTA CATARINA Em janeiro, a produção industrial de Santa Catarina cresceu 5,0% frente a dezembro de 2008, após três meses consecutivos de quedas, período em que acumulou perda de 14,2%. A média móvel trimestral, ao recuar 2,4%, permaneceu na trajetória decrescente iniciada em outubro último.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor recuou 11,6%, quarta taxa negativa consecutiva e a maior retração desde abril de 2003 (-13,5%). O perfil de queda foi generalizado (10 das 11 atividades), sendo veículos automotores (-36,9%) a principal contribuição negativa. Em seguida, vieram máquinas e equipamentos (-11,8%); borracha e plástico (-18,3%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-33,1%), por conta de férias coletivas em grande empresa do setor; e alimentos (-5,2%). O único resultado positivo foi o de minerais não-metálicos (10,7%).

O primeiro resultado de 2009 (-11,6%) intensificou a queda observada quarto trimestre de 2008 (-7,4%), quadro que se repetiu em 7 dos 11 ramos investigados, com destaque para veículos automotores (de -15,8% para -36,9%), alimentos (de 1,5% para -5,2%), borracha e plástico (de -7,4% para -18,3%) e vestuário (de 1,6% para -12,0%).

A taxa acumulada nos últimos 12 meses (-1,8%), ficou abaixo do fechamento de 2008 (-0,6%), permanecendo em trajetória descendente desde fevereiro de 2008 (5,7%).

RIO GRANDE DO SUL A indústria gaúcha avançou 3,6% em janeiro, frente a dezembro de 2008, após três quedas consecutivas, período em que acumulou perda de 22,1%. A média móvel trimestral, que recuou 5,4% em janeiro, permanece negativa desde outubro.

Na comparação com igual mês do ano anterior, houve recuou de 20,3%, maior queda desde dezembro de 1995 (-21,3%), com desempenho negativo na maior parte (12) dos setores investigados. As principais pressões vieram de outros produtos químicos (-53,1%) e veículos automotores (-34,3%). Vale destacar também os recuos em calçados e artigos de couro (-26,0%), máquinas e equipamentos (-20,9%) e alimentos (-10,7%). Os dois únicos resultados positivos vieram de refino de petróleo e produção de álcool (10,6%) e edição e impressão (8,0%).

O recuo de 20,3% ficou bem abaixo dos 7,7% do último trimestre de 2008. Para esse movimento, contribuíram 10 dos 14 ramos, com destaque para outros produtos químicos (de -21,3% para -53,1%), máquinas e equipamentos (de 7,5% para -20,9%) e veículos automotores (de -15,7% para -34,3%).

O acumulado nos últimos 12 meses (0,1%) ficou abaixo do de dezembro (2,4%) e mantém trajetória descendente desde setembro de 2008 (6,1%).

GOIÁS

Em janeiro, a produção industrial de Goiás recuou 1,3% frente ao mês anterior, após ter aumentado 0,9% entre novembro e dezembro. A média móvel trimestral prosseguiu em queda (-1,6%), quinta taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 6,9% nesse período.

Em relação a janeiro de 2008, a queda foi de 7,3%, com três das cinco atividades em recuo. Entre elas, destacaram-se produtos químicos (-28,6%) e metalurgia básica (-33,8%). O desempenho das indústrias extrativas foi positivo (7,4%), impulsionado sobretudo pelo aumento na produção de amianto.

Na passagem do último trimestre do ano passado (1,6%) para janeiro deste ano (-7,3%), quatro atividades reduziram suas taxas. As perdas mais intensas foram em alimentos e bebidas (de 5,2% para -1,7%); produtos químicos (de -14,8% para -28,6%) e metalúrgica básica (de -10,5% para -33,8%).

O acumulado dos últimos 12 meses (7,4%) mostrou redução de ritmo em relação ao fechamento do ano de 2008 (8,5%) e prossegue em queda desde agosto último (9,5%).

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1Todas as comparações janeiro 2009/ dezembro 2008 são livres de influência sazonal.

Comunicação Social
10 de março de 2009


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