24 de mar. de 2009

Brasil é o segundo país que mais lança embalagens

Dados da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) mostram que o País lançou 20 mil novas embalagens no mercado em 2008

Brasília - O Brasil é o segundo país que mais lança novas embalagens por ano. De acordo com dados do Laboratório Global de Embalagem da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), o País saiu do 6º lugar, em 2008, para o 2º lugar, nos meses de janeiro e fevereiro de 2009. Foram mais de 20 mil embalagens inovadoras no ano passado, sendo 48% desse número no setor de alimentos...

Esses dados foram apresentados pelo professor da ESPM Fábio Mestriner durante o Seminário Inovação no Agronegócio, realizado em Brasília. Além de apresentar esses números relacionados ao nível de inovação das embalagens brasileiras, o acadêmico deu dicas sobre a relação inovação, produto, embalagem e consumidor.

Fábio Mestriner ressaltou que a inovação está presente, em sua maioria, nas grandes empresas. O professor afirma que os argumentos mais usados pelos empresários de pequeno porte para não investir em inovação é a dificuldade no acesso e o alto custo. O acadêmico explica que para se criar algo novo a partir do que já existe é necessário investir em metodologia e gestão especializada. “A inovação está totalmente ao alcance das micro e pequenas empresas. Mas primeiramente a empresa precisa enxergar os benefícios da inovação para seu negócio e estar decidida a inovar”, afirma.

Ele chamou a atenção para o convênio que existe desde 2004 entre o Sebrae e a Associação Brasileira de Embalagem. A parceria tem a finalidade de levar projetos de embalagem às micro e pequenas empresas, proporcionando maior valor agregado aos seus produtos. A sistemática do convênio assegura o pagamento de 70% do valor do projeto por parte do Sebrae Nacional, enquanto a empresa beneficiada banca os 30% restantes.

Para quem quer inovar, anote algumas dicas do professor Fábio: a inovação não é criada, precisa ser encontrada; a busca da inovação precisa ter objetivo e foco; a inovação precisa trazer algum benefício para o consumidor; e a oportunidade está em criar algo novo na categoria onde o produto concorre. “Precisamos criar algo novo na categoria, não no universo”, afirma Fábio.

Inovação e meio ambiente

O aspecto ambiental também deve estar inserido na questão da inovação de produtos e, principalmente, de embalagens. A substituição, por exemplo, do plástico sintético por biodegradáveis é lucrativa para o empresário e o meio ambiente. Hoje, já existem os bioplásticos, feitos a partir de mandioca, cana-de-açúcar, milho e batata. A inovação também foi tema de debate o Seminário Inovação no Agronegócio.

Já no que diz respeito à energia renovável, o avicultor Raimundo Alves Ferreira apresentou, durante o seminário, uma solução que buscou para diminuir os altos gastos que tinha com energia elétrica para a climatização de suas granjas. Com o apoio da Embrapa, Sebrae e da empresa Recolast, de São Paulo, responsável pela instalação de biodigestores, Raimundo conseguiu trazer essa técnica para a avicultura. A novidade trouxe mais economia para a produção.

Outra novidade apresentada foi o aproveitamento do bagaço da uva para a produção de substratos e fertilizantes. A inovação é da empresa Beifiur, que fica em Garibaldi, a 110 km de Porto Alegre. Usando as sementes de uva, casca e parte da polpa e também o cacho da uva, chamado de engaço, a empresa passou a desenvolver produtos e entrar em novos mercados como o de produção de mudas e compostos orgânicos. Além dos substratos, também são produzidos condicionadores, usados para melhorar a estrutura física e biológica do solo.

Mais uma inovação vem do empresário Augusto Grossi. Na busca de melhorar o solo do seu pomar, localizado em Planaltina, no Distrito Federal, o empresário passou a investir no sistema de compostagem acelerada por injeção e sucção. A mudança foi necessária devido à falta de mão-de-obra e visando a redução do custo. A compostagem acelerada é feita a partir de uma máquina, onde é injetado, quando por injeção, ar comprimido quatro vezes ao dia para fazer a troca do ar quente pelo ar frio, aumentando o microrganismo.

Agora, a empresa D’RO, que até então produzia apenas goiabada cascão orgânica, também produz e comercializa o composto orgânico ORD. O produto é mais barato e possui melhor qualidade, com menos emprego de fertilizantes.

Serviço:
Agência Sebrae de Notícias - www.agenciasebrae.com.br (61) 3348-7138 / (61) 2107-9362
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