9 de mar. de 2009

Foodex Japan 2009

Foodex Japan gera cerca de US$ 20 milhões em negócios para o Brasil

Os 30 expositores do pavilhão brasileiro na Foodex Japan realizaram cerca de 500 contatos com empresas japonesas durante os quatro dias de duração da principal feira asiática de alimentos e bebidas. Os contatos geraram um volume de negócios a serem concretizados nos próximos doze meses em torno de US$ 20 milhões. A 34a Foodex Japan, terminou nesta sexta-feira (06/03) em Chiba, Japão.
Mesmo diante da crise mundial, os empresários brasileiros estão otimistas, principalmente porque as empresas já possuem distribuidores no Japão. Instaladas em um espaço de 360 metros quadrados, algumas empresas já conseguiram fechar negócios durante a feira, que recebeu a visitação de cerca de 60 mil pessoas. Embora o número de visitantes seja 20% menor do que no ano passado, os expositores avaliaram que o evento recebeu um público mais seleto e com foco definido de mercado.

A Miolo Wine Group, por exemplo, teve sua segunda participação na feira e considerou o resultado acima do esperado, tendo recebendo visitas de potenciais clientes. De acordo com a diretora de Relações Internacionais, Morgana Miolo, os visitantes ficaram surpresos com a qualidade do vinho e alguns nem sabiam que o Brasil produz vinhos. A empresa já está exportando ao Japão vinhos finos como o Lote 43, Reserva Cabernet e Chardonnay e o espumante Brut Millésime. “Além do apoio que a Apex-Brasil nos dá para participar das feiras de negócios ao redor do mundo, a campanha 'Wines from Brazil' é muito importante para consolidar a imagem do Brasil como um país competitivo também nesse ramo, no mercado mundial”, comenta a empresária. A Essenciale, que tem como principal foco a própolis vermelha, participa da feira há oito anos e já exporta 75% de sua produção ao Japão. A empresária Nívia Macedo Acici destaca a alta demanda dos consumidores japoneses por alimentos saudáveis e fez contatos importantes na feira. “Pretendemos ampliar ainda mais nossa presença no mercado e fizemos ótimos contatos, os resultados virão depois do follow up”, disse ela.

O diretor da Café Turmalin, Toshiya Shimano, considera que esta foi a melhor das três participações da empresa na Foodex. “Tivemos inclusive que comprar mais copos para servir os Cafés do Brasil aos visitantes”, frisou. A partir de junho, com a nova safra, a empresa pretende lançar pacotes de alumínio de 250 gramas, 500 gramas e um quilo a fim de revender em lojas no Japão. Atualmente, o carro-chefe são potes de plástico especialmente desenvolvidos pela Turmalin para acondicionar o café em grão e em pó. “Somos a única empresa no mundo a possuir esse tipo de embalagem que mantém o gás carbônico dentro do pote, estendendo o prazo de validade do produto para até um ano e meio”, ressaltou o Shimano. A empresa comercializa 3 mil potes por mês no Japão e a meta do empresário é exportar 100 vezes mais em 2009.

Outra empresa cujos produtos despertaram o interesse dos japoneses na Foodex foi a Bhase. O foco para o mercado japonês foi a bebida energética Bad Boy, desenvolvida no Brasil especialmente para atender o consumidor japonês. “Como a bebida energética é bem conhecida na disputa de vale tudo, os japoneses apresentaram curiosidade em degustar o produto”, observou Denis Hashimoto, diretor da empresa. A empresa também negociou suco de açaí com guaraná, bolos e biscoitos. Para o representante do Estado do Amazonas na Câmara Brasileira de Comércio no Japão, Teruaki Yamagishi, a força da economia brasileira é o ponto-chave para despertarmos ainda mais o interesse dos investidores japoneses nos produtores e exportadores do Brasil. “O trabalho de Inteligência Comercial da Apex-Brasil também dá uma boa sustentação à participação das empresas em feiras como a Foodex Japan, pois elas recebem informações consistentes sobre o mercado japonês e se preparam melhor para negociar com os compradores daqui”, afirmou.

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